26 mar 2007 - 0h00

Parabéns, Atlético!

Oficialmente, hoje, 26 de março, é o Dia do Atlético Paranaense. Mas no coração da legião de mais de um milhão de fanáticos e apaixonados atleticanos, todo dia é dia do Atlético Paranaense. Todo dia é dia de amar, exaltar, viver Atlético. A relação clube/torcida, quando ganha o tom atleticano, transforma-se em proporções gigantescas. Para o atleticano, o Atlético não é o seu time de futebol… o Atlético é um modo de vida, é a própria vida para muitos atleticanos. Difícil explicar, tem que ser atleticano para sentir….

A história desta paixão nasceu há exatos 83 anos. Em 26 de março de 1924, dirigentes de Internacional e América decidiram mais uma vez unir forças para criar o maior clube do futebol paranaense. O que poucos sabem é que o Atlético não é fruto de uma fusão, mas sim da re-união de americanos e internacionalistas, que anos antes, numa época em que o futebol ainda era tratado de forma amadora por garotos apaixonados pelo esporte, decidiram se separar. Internacional e América eram dois dos mais tradicionais e populares clubes da pacata e conservadora Curitiba do início da década de 20 – os internacionalistas, campeões paranaense em 1915, e americanos, campeões em 1917, preocupavam-se com a hegemonia do Britânia e por isso consideravam que a união das duas forças era questão de sobrevivência para o futebol paranaense de então.

As primeiras conversas para a fusão aconteceram em 1923. Porém, desentendimentos quanto às cores das camisas cessaram as negociações. Em dezembro de 1923, americanos e internacionalistas voltaram a cogitar a fusão – visto que, a essa altura, o Britânia já era hexacampeão paranaense. A união das forças era encarada como uma questão de sobrevivência e motivação para o futebol do Estado. E depois de meses de encontros e reuniões, em 21 de março de 1924, uma Assembléia Geral, na sede no Internacional, consolidou a fusão, resultando no surgimento do Club Athletico Paranaense. A posse da diretoria e a elaboração do estatuto do novo time aconteceu no dia 26 de março de 1924, quando oficialmente estava sendo criado o Club Athletico Paranaense, conforme a grafia da época.

Se a idéia inicial de Arcésio Guimarães, Arnaldo Loureiro de Siqueira e Joaquim Narciso de Azevedo (os três principais nomes engajados na fusão de América e Internacional) era formar uma nova potência para o futebol paranaense, pode-se afirmar com precisão que o objetivo foi cumprido. Hoje, aos 83 anos de fundação, o Clube Atlético Paranaense é a principal referência do estado no cenário brasileiro e internacional. Do modesto Atlético da Baixada do Água Verde, o clube rompeu fronteiras e conquistou o mundo! No cenário internacional, o Atlético é o representante futebolístico na famosa cápsula do tempo, do jornal The New York Times, guardada num lugar seguro no Museu de História Natural, em Nova York. A cápsula armazenará por mil anos diversos objetos representativos da era atual, colhido nos quatro cantos do planeta, como a camisa Rubro-negra. Na galeria de títulos, são 21 conquistas no Campeonato Paranaense, um Brasileiro da Série B, uma Seletiva, um Brasileiro da 1ª divisão, além do vice-campeonato Nacional de 2004, do vice-campeonato da Libertadores e a bela campanha na Copa Sul-Americana do ano passado. E o Atlético foi ainda mais longe, consolidando-se até aqui como o único clube paranaense a ter um jogador campeão do mundo vestindo a camisa da seleção brasileira – o volante Kleberson, que em 2002, quando vestia a camisa Rubro-negra, sagrou-se pentacampeão do mundo pela seleção.

Campeão nos gramados, o Atlético é também referência em estrutura e organização. Seu estádio até hoje está no mesmo lugar da Baixada do Água Verde, local onde foi inaugurado em 06 de setembro de 1914 o primeiro campo de futebol de Curitiba, idealizado por Joaquim Américo Guimarães, que até hoje empresta o seu nome à casa atleticana. Uma casa que ganhou nos últimos anos modernidade, segurança, infra-estrutura e comodidade. Hoje, a Kyocera Arena é revolucionária e considerada por todos os setores esportivos do país e da América do Sul como o cartão de visitas do Brasil no projeto de sediar a Copa do Mundo de 2014. Além de ter o estádio mais moderno e seguro do Brasil, o Atlético conta ainda com um Centro de Treinamentos referência no país, com modernos equipamentos para a construção plena de um atleta de futebol.

Títulos, estrutura, reconhecimento nacional e internacional. Sem dúvidas, todas essas são conquistas importantes na história de um clube de futebol. Mas o Atlético tem ainda um diferencial, uma legião de mais de um milhão de pessoas que diariamente vivem o Atlético e ajudam o clube a ser o melhor time do planeta. A torcida é o grande diferencial do clube. Pessoas que estão com o Atlético independente da fase, independente do momento…. estão com o Atlético porque o Atlético é a razão das nossas vidas! Feliz aniversário, Atlético! Feliz aniversário, torcida atleticana!!!!

Histórias de amor

Se a torcida é o principal patrimônio do clube, a torcida é também a síntese maior da grandeza do Atlético. “Acredito que no final do sexto dia da criação, Deus inventou o Atlético e daí descansou. Estava encerrada sua obra-prima”. A frase, do professor e colunista da Furacao.com, Carlos Roberto Antunes dos Santos, sintetiza a importância que o Atlético tem para cada um de seus torcedores. Sim, o Atlético não é um clube de futebol que se dá atenção nos fins-de-semana ou nas grandes decisões. O Atlético é parte integrante do dia-a-dia de uma legião de pessoas. Falar em apaixonado, fanático para um atleticano é pleonasmo. “Ou você nasce ou você se descobre atleticano”, afirma a jornalista e colaboradora da Furacao.com, Monique Silva.

Essas histórias de amor são comuns em todos os torcedores do Rubro-negro. “O Atlético pra mim é vibrar, xingar, chorar, sorrir. É entrar em depressão e em questão de minutos, sentir o mais profundo êxtase. O Atlético? Minha vida”, sintetiza o colaborador da Furacao.com, Gustavo Rolin.

Confira agora algumas declarações dos colaboradores da Furacao.com, exaltando o seu amor pelo clube no dia do aniversário de 83 anos do Atlético Paranaense. Mais do que demonstrar a paixão pelas cores Rubro-negras, os depoimentos sintetizam o amor da legião de um milhão de atleticanos de todo o mundo, que nesta segunda-feira têm um motivo a mais para sorrir, afinal, hoje é o Dia do Atlético!

"Como vivencio há muitos anos as alegrias e algumas tragédias da história do Atlético, considero que esta simbiose entre a alegria contínua com os momentos de tristeza solidificaram o meu conceito de torcedor atleticano, e aí me descobri atleticano. Portanto, o resgate permanente de valores que expressam história, tradição e memória explicam a minha paixão, o meu jeito de "ser atleticano". A minha paixão pelo rubro-negro é tanta que acredito que no final do sexto dia da criação, Deus inventou o Atlético e daí descansou. Estava encerrada sua obra-prima" – Carlos Roberto Antunes dos Santos, colunista da Furacao.com

"Sinto-me um privilegiado, pois pude acompanhar dois Atléticos. O Atlético que fazia partidas duríssimas contra o Goiatuba e o Atlético que elimina e vence o tradicional River Plate na Argentina e chega a uma final de Libertadores. Pude acompanhar o crescimento do clube, que hoje tem objetivos cada vez mais ousadas. Tenho certeza que daqui alguns anos, quando contar que o Atlético enfrentava Barra do Garça, custarei para fazer com que meu filho acredite em mim. O Atlético pra mim é vibrar, xingar, chorar, sorrir. É entrar em depressão e em questão de minutos, sentir o mais profundo êxtase. O Atlético? Minha vida" – Gustavo Rolin, colaborador da Furacao.com

"Para mim esse time é tudo, é como uma religião seguir a doutrina do vermelho e preto. Este é sempre o melhor time do mundo, como os melhores jogadores do mundo, com o melhor estádio do mundo. Quem são Pelé, Maradona, Puskas, Di Stéfano, Cruyff, Romário, Beckenbauer, quando já se teve Caju, Sicupira, Nilson, Assis, Washington, Paulo Rink, Oséas, Kléberson, Alex Mineiro. Esses dias meu colega de trabalho perguntou se eu era feliz. E eu respondi que sim, pois eu era atleticano" -Wellington Carvalho, colaborador da Furacao.com

"Nasci num berço atleticano, desde pequeno meu pai me levava na Baixada e meu sentimento de amor ao Furacão crescia a cada dia. Vivi momentos de muita alegria com o Atlético, vivi momentos de angústia no Pinheirão (oh, época difícil) e hoje posso dizer de peito aberto que sou um atleticano legítimo, vivo as coisas Atlético 24 horas por dia, respiro Atlético a todo instante e passo ao meu pequeno Vitor tudo isso. Espero que ele um dia esteja como seu pai nas arquibancadas da Kyocera Arena, torcendo, sofrendo e vivendo pelo Clube Atlético Paranaense" – Silvio Toaldo Junior, colaborador da Furacao.com



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