11 abr 2007 - 18h45

Atlético busca o seu espaço na Copa 2014

Que a Kyocera Arena é o melhor e mais moderno estádio da América Latina, todos sabem. Que a CBF inclusive vê com bons olhos o fato de que a Baixada atleticana é a mostra viva de que no Brasil, com seriedade e competência, é possível se construir um estádio de primeiro mundo, não é novidade para ninguém. Mas talvez estes fatos tenham passado despercebidos pelo presidente da Paraná Esporte, o jovem Ricardo Gomyde.

Na tarde de ontem, ao entregar ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol a carta de intenções para que o Estado seja uma das possíveis sedes brasileira para abrigar a Copa de 2014, o responsável pela entidade máxima do esporte paranaense, após consulta ao presidente da Federação Paranaense de Futebol, indicou o estádio do Pinheirão como sede curitibana. Mas a direção atleticana prontamente se manifestou e vai levar seus argumentos junto à CBF para que, no mínimo, o estádio Joaquim Américo também conste como uma possível sede da competição.

Em almoço realizado na Assembléia Legislativa do Paraná nesta quarta-feira, com a presença de atleticanos ilustres como o presidente da Casa, deputado Nelson Justus, do primeiro secretário da Casa Legislativa, deputado Alexandre Curi, e mais uma dezena de parlamentares, além do presidente da Confraria E.T.A, Doático Santos, e do Presidente do Conselho Gestor do Atlético, João Augusto Fleury da Rocha, e do Presidente do Conselho Deliberativo, Mario Celso Petraglia, essas questões foram abordadas e se chegou a um consenso: não será por falta de iniciativa Rubro-negra que a Kyocera Arena poderá ficar de fora da Copa do Mundo de 2014.

Como se sabe, desde a semana passada a Federação Paranaense de Futebol surgiu com a notícia de que poderia demolir o Pinheirão e lá construir uma nova arena multieventos. O que se soube desde a noite de segunda-feira, é que um dos parceiros da Federação nessa aventura, é o clube alviverde, atualmente na divisão secundária do futebol nacional e que chegou a conclusão, bastante óbvia, que seu estádio não teria condições sequer de pleitear ser sede de partidas de uma Copa do Mundo.

Por questões financeiras, de logística e mesmo pela influência cultural, sedes como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Minas Gerais já estão confirmadas. Já outros Estados como Rio Grande do Sul e Bahia, a classe esportiva e política local se uniu em favor de uma única indicação, sendo que o Paraná seguiu uma deliberação totalmente oposta em clara demonstração de falta de unidade.

Após analisar as possibilidades, a Frente Parlamentar que será constituída na Assembléia do Paraná vai pleitear que na resposta paranaense ao Caderno de Encargos da FIFA seja disponibilizada a Arena da Baixada como uma possível sede, sem no entanto, retirar o pleito de que o “novo Pinheirão” possa ser o escolhido.

“Queremos, no mínimo, mostrar que no Estado do Paraná, sem ajuda estatal, já temos dois terços do caminho andado em termos de Estádio e que podemos sediar uma competição do porte de uma Copa do Mundo com conforto, civilidade e segurança”, argumentou Mario Celso Petraglia.

“Nossa intenção não será privilegiar nem A, nem B. Simplesmente queremos mostrar ao Brasil e ao Mundo o que temos de melhor a oferecer e em termos de estádio, sem dúvida nenhuma é a Arena da Baixada”, lembrou o deputado estadual mais votado nas últimas eleições, Alexandre Curi, cujo avô foi inclusive presidente do Atlético.

Já o presidente do Parlamento Estadual, Deputado Nelson Justus deixou claro que “todo o Estado do Paraná ganha com um evento deste porte. Serão vias expressas, melhorias estruturais, nas comunicações, rede hoteleira e toda a cadeia produtiva de turismo do Paraná que ganham com a realização da Copa em nosso Estado. Vamos tratar primeiro de fazer com que Curitiba seja escolhida entre as sedes e posteriormente tratar da questão do estádio, que sem sombra de dúvidas deve ser o Joaquim Américo.”

Vale lembrar que o Paraná ontem mandou sua “carta de intenções”, ou seja, se disponibilizou oficialmente como uma possível sede da competição, caso seja ratificada a escolha do Brasil para organizar a Copa de 2014. O prazo final para que os entes estatais definam o que farão e onde os jogos poderão ser sediados, é dia 31 de maio, quando serão entregues na sede da CBF os cadernos de encargos da FIFA devidamente preenchidos.

Agora, mais do que nunca, torcedores e simpatizantes do Atlético, desportistas em geral e entes das classes política, social e econômica do Estado devem se unir em prol do que é melhor para o Paraná: comprar um projeto, um sonho no papel, ou algo palpável, perfeitamente viável e que serve de exemplo para todos que desejam construir estádios novos, modernos e que ofertem segurança e conforto aos seus freqüentadores?



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