14 abr 2007 - 17h30

Leomar joga a Suburbana pelo Trieste

A Gazeta do Povo de hoje traz uma reportagem do jornalista André Pugliesi sobre Leomar, o ex-volante do Atlético, que vai defender as cores do Trieste nesta temporada da Suburbana. Veja a matéria:

Da seleção para a Suburbana
por André Pugliesi, da Gazeta do Povo

Ao final da carreira profissional, é comum o jogador de futebol seguir disputando suas “peladinhas”. Mas daquele jeito, um tapa rápido na bola e “não me toque”. Não é o caso de Leomar, ex-volante do Atlético com passagem pela seleção brasileira. Após pendurar as chuteiras no ano passado pelo CSA-AL, ele não quis saber de dar descanso aos pés (muito pelo contrário) e este ano é o principal reforço do Trieste para a Suburbana.

“Tem que se prevenir. Mas não tem problema, são tantos anos de futebol que você passa a conhecer as artimanhas”, revela o ex-jogador, sobre como conviver com o estilo “bem pegado” do amador curitibano, depois de tantos anos suando a camisa no profissional. No sábado passado, ele estreou com vitória sobre o Vasco por 5 a 1, sentiu uma fisgada na coxa direita e deve desfalcar o Trieste hoje contra o Vila Hauer.

Nenhuma surpresa para quem sempre teve como marca a disposição em campo. Foi volante de “confiança” da torcida atleticana nos seis anos de clube (1990-95 e 2003), sempre mostrando garra e, de vez em quando, deixando seus golzinhos, como na campanha do título brasileiro da Série B em 95. Com o mesmo estilo, conquistou o técnico Émerson Leão quando se transferiu do Furacão para o Sport-PE em 1996.

Moral que em 2001, com o ex-goleiro à frente da seleção, valeu a Leomar a faixa de capitão do Brasil na Copa das Confederações, no Japão e na Coréia. Infelizmente, a oportunidade de vestir a amarelinha acabou marcada pela campanha ruim da equipe, eliminada pela França nas semifinais, o que acarretou a demissão de Leão.

Nem mesmo o fato de ter se tornado o ícone deste fracasso, conhecido como a “Era Leomar”, não incomoda o jogador. “Fiquei chateado, claro. Mas realizei meu sonho, e em virtude do bom trabalho que vinha fazendo no clube”, relembra Leomar, que lamenta apenas não ter tido a chance de dar a volta por cima. “O Dunga também passou por isso, mas conseguiu mostrar seu valor na Copa de 1994”.

Com 35 anos, ele será a grande estrela da Suburbana. Afinal, não é toda hora que alguém que já cantou o hino nacional de chuteiras veste a camisa de uma equipe de bairro. Nos últimos 20 anos, passaram pelo amador Roberto Costa, ex-goleiro do Atlético, convocado em 1984 quando jogava no Vasco, que atuou no Vila Fanny; e Cuca, atual técnico do Botafogo, chamado em 1991 quando jogava no Internacional-RS, que passou por Iguaçu e Trieste. “Eu sou tranqüilo, faço apenas a minha parte, não sou estrela”, disse Leomar.



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