Crise, que crise?
O Atlético saiu de longos anos de ostracismo, tempos idos estes nos quais a tônica era perder de pouco e o principal campeonato era o Paranaense pois era o único que tínhamos chance de ganhar. À exceção de alguns espasmos de vitórias, era isso (o time dos saudosos Capitão, Nivaldo e Roberto Costa é exemplo). Após o “marco” da derrota de 5×1 para os coxas, se não me falha a memória, em 94, o atual grupo de diretoria assumiu o clube e fez um belíssimo planejamento de 10 anos de duração. Este planejamento deu certo, e muito. Somos outro time nos dias de hoje. Entendo que o CAP é time grande mas com atitudes de time intermediário, entre médio e grande. Temos torcida, temos títulos importantes e temos boa gestão. Ok, perdemos mais uma no certame estadual mas faz parte, é assim a vida de time grande. O que não é comum aos times grandes é a repercussão, gritos, revoltas e chiadeira geral preconizada. Foi feio, não esperava isso.
Para mim, está claro que estamos há 2, 3 anos “patinando” acerca do que foi de grande sucesso (o planejamento de 10 anos). Estamos patinando porque a diretoria precisa fazer mais um planejamento para os próximos 10 anos. Porque não estamos mais olhando para frente? Porque não repetimos a fórmula de grande sucesso aplicada no passado? Mesmo que venhamos a ganhar do xará goianiense, estaremos à mercê da “patinação” administrativa que, sem objetivos à longo prazo, ora decide pela esquerda, ora pela direta sem deixar de considerar a marcha à ré. Ora é culpa do Vadão, ora dos laterais, ora do apito, ora da Golbo e por aí vai. O Vadão é um técnico pouco ousado e limitado, todos sabem. Há quanto tempo o Vadão não dirige time grande? Por isso digo, não estamos olhando à longo prazo, pois se tivéssemos, parávamos com a choradeira do presente pois nossos corações e mentes estariam ligados ao futuro de nosso querido clube. É lógico que faz parte a cobrança no presente mas olhar para o futuro com ações de longo prazo é fundamental.