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26 abr 2007 - 12h54

A arte de guerra

Mal acabamos de vencer, após mais um sufoco, e já estamos de olho no próximo adversário.

As notícias recentemente veiculadas dão conta de que o time adversário está à beira de uma crise, cujo combustível é a eliminação do Campeonato Carioca e a irregular campanha na Copa do Brasil.

Contudo novos ventos sopram no time das Laranjeiras. A contratação do técnico Renato Gaúcho parece dar um novo ânimo à torcida do Fluminense e aos jogadores.

Do nosso lado, o Atlético vem de uma doída eliminação no Campeonato Paranaense e também de uma irregular campanha na Copa do Brasil. No entanto, as vitórias históricas nos dois últimos jogos, onde foram revertidos resultados adversos, inspiram um futuro promissor na competição.

Diante destas breves constatações, presume-se que há uma certa igualdade factual no próximo confronto das quartas de final. Mas acredito que este confronto transcende estas análises da atualidade dos times, pois a simples menção de um Atlético x Fluminense, traz à tona episódios enraizados na história deste duelo.

O torcedor atleticano tem em sua memória o episódio ocorrido em 1996, no Estádio das Laranjeiras, envolvendo os torcedores do Fluminense e inclusive reportéres cariocas, que invadiram o campo e passaram a agredir os jogadores do Atlético, após a derrota pelo placar de 3 a 2.

Por outro lado, ainda deve estar na memória dos torcedores do Fluminense um jogo dentro da Baixada, também no ano de 1996, em que um tal de Criciúma, inexplicavelmente, venceu e este resultado empurrou o time carioca para a segunda divisão, dando início a uma das mais negras fases na história do clube.

Essas circunstâncias dão um clima de guerra, pois desde então, passaram os dois times a se encarar como inimigos. E realmente, o que se espera do próximo confronto, é uma batalha em campo.

Em tese, o time do Fluminense não oferece perigo. Mas o modelo proposto na Copa do Brasil, aliado a rivalidade entres os clubes, tem a mesma dramaticidade de uma guerra. E o homem ama a guerra, pois nela, o mais fraco pode subjugar o mais forte, lançando mão do recurso estratégico adequado.

Portanto o próximo passo é encarar o embate com raça, concentração e inteligência. Não será fácil, mas a conquista deste título inédito dependerá de como o Atlético se portará nas batalhas, tanto nos campos adversários quanto nos realizados em sua casa.

Espera-se que o Atlético tenha aprendido, de uma vez por todas, a como se portar no campo inimigo e consiga traduzir as derrotas infâmes, para os times do Vitória e Atlético-GO, em vitórias virtuosas.



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