26 abr 2007 - 0h10

Operação Furacão

Guilherme, Jancarlos, Danilo, Marcão, Nei, Erandir, Alan Bahia, Evandro, Ferreira, Ricardinho, Alex Mineiro, Pedro Oldoni, Netinho, Cristian, Oswaldo Alvarez e 14.220 torcedores apaixonados deflagraram nesta quarta-feira a Operação Furacão. A ação teve início às 21h45 na Kyocera Arena e atingiu o Atlético Clube Goianiense. O resultado foi um sucesso e recolocou no lugar a mística do Caldeirão do Diabo, que voltou a funcionar na Copa do Brasil.

Preciso e determinado, o Furacão venceu o Atlético Goianiense por 2 a 0, exatamente o placar necessário para avançar às quartas-de-final. A derrota por 3 a 1 no jogo de ida, em Goiânia, havia deixado o Atlético em uma situação muito delicada. Assim como havia acontecido no duelo contra o Vitória, o time entrou em campo precisando vencer por mais de um gol de diferença e tendo a cautela de não sofrer nenhum para não complicar ainda mais as coisas. Deu tudo certo e o time conseguiu favorável a 25 minutos do fim do jogo. Mesmo assim, a torcida não foi poupada de uma certa dose de sofrimento.

Tomada pelo espírito da Copa do Brasil, a galera rubro-negra não fez sequer uma crítica aos jogadores pela eliminação precoce no Campeonato Estadual. Ao contrário disso, todos os jogadores tiveram seus nomes gritados e o incentivo foi do início ao fim do jogo. Nos primeiros minutos, o Furacão teve iniciativa ofensiva, mas encontrou dificuldades para furar a retranca goianinense. O gol que abriu caminho para a classificação surgiu daquela que vem se tornando uma das principais jogadas da equipe: pênalti no meia Ferreira. O artilheiro Alex Mineiro bateu com segurança e converteu.

O segundo gol quase saiu no embalo do primeiro. Ricardinho, que substituiu Denis Marques, aproveitou cruzamento da direita e cabeceou no cantinho, mas o goleiro Márcio fez boa defesa e jogou para escanteio. Esta foi uma das melhores chances do Furacão no tempo inicial. Mesmo tendo maior domínio de bola, o time não conseguiu criar tantas jogadas. O campo encharcado dificultou o toque de bola de Ferreira e a velocidade de Ricardinho. Muitas vezes, a equipe abusou dos lançamentos de Danilo, que obrigavam Alex Mineiro e Ricardinho a disputar as bolas com a zaga do Atlético Goianiense.

O gol da classificação

O panorama do jogo não se alterou muito no segundo tempo. O Goianiense continuou recuado e só arriscava nos contra-ataques, levando certo perigo ao gol de Guilherme. A jogada mais bonita de toda partida saiu aos seis minutos. Foi uma linda tabela de Evandro e Ferreira, que terminou no chute pelo alto do colombiano, desperdiçando uma chance incrível de marcar o segundo gol e fazer o Caldeirão ferver de vez. Mas foi um lance isolado e o Atlético tinha muitas dificuldades para furar o bloqueio adversário. O técnico Vadão logo percebeu que o ataque estava sem força e trocou o veloz Ricardinho pelo centroavante de referência Pedro Oldoni. A entrada dele funcionou e o time melhorou. Pedro Oldoni segurou os zagueiros na área e permitiu a Alex Mineiro jogar mais solto.

Passando a pressionar, o Furacão obrigou o Goianiense a cometer muitas faltas na entrada da área. Jancarlos calibrou o pé na primeira, aos 17, e acertou o gol na segunda, aos 20. A bola ainda desviou no zagueiro Marcão, matando o goleiro Márcio. O gol foi muito comemorado pelos jogadores e pela torcida. Desesperado, o Atlético Goianiense dedicou os últimos minutos de jogo a atacar e chegou a assustar em alguns lances. A mudança de postura do time adversário acabou criando boas chances também para o Furacão, mas o terceiro gol acabou não saindo.

Mesmo assim, o time cumpriu a missão com louvor. Venceu por 2 a 0, recuperou-se moralmente da derrota sofrida no último final de semana e ganhou ânimo para enfrentar o Fluminense na próxima fase da Copa do Brasil.

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