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7 maio 2007 - 10h24

Era uma vez em um Atlético e Fluminense

Nunca acreditei em Mãe Diná, Pai Ogum ou outros videntes menos famosos. Pelo contrário. Sempre achei que a vida nos reserva surpresas que, aos poucos, se revelam de forma minuciosa. Nosso caminho pode até estar escrito de antemão, mas as novidades são contadas como em um ótimo livro. No entanto, confesso que um dia já tive minha vez de vidente. Não abalou minha crença, mas fiquei bem mais tranqüilo naquele jogo. Era um Atlético e Fluminense.

No intervalo, tomava minha coca-cola serenamente e conversava com minha irmã, meu pai, meu tio e meu primo. Olhei pro lado e notei o rosto apreensivo do meu primo. Era a mais pura e sincera expressão de nervosismo, tensão e ansiedade. Aquela imagem que fica na nossa memória por representar um momento único. Também pudera. O jogo era importante. Talvez o mais importante na história do Atlético até então. Se vencesse, chegaríamos à final inédita do Campeonato Brasileiro e podíamos enfim comemorar nossa reluzente estrela. Por outro lado, se perdêssemos, agüentaríamos mais um tempo os coxas com aquele soberba de serem os únicos campeões brasileiros com saldo de gols negativos.

Olhei pro meu primo e falei, com toda a confiança possível.

– Fica tranqüilo, hoje a gente vence. Tenho certeza.

Não sei por que tinha tanta clareza na vitória. O resultado do primeiro tempo era Fluminense 2 a 1 no Atlético. Podia ser o quase golaço que Kleber fez, depois de passar por quatro zagueiros cariocas e chutar pra fora. Ou quem sabe a confiança no Flávio, que fazia um Brasileirão implacável. Só que o herói seria outro. Um jogador que no ano inteiro foi importante, mas não gozava do status de imprescindível.

A história eterniza os vencedores. Alex Mineiro, três gols depois, era o maior deles. Não precisava fazer mais. Fez mais quatro ainda naquele ano e o resto da história nós sabemos.

Eu poderia ter feito um cartaz do tradicional “Eu já sabia”, porque era verdade. Mas não, era hora de comemorar e partir para o título. E os jogadores também acreditaram nisso. Como em uma peça de teatro, retornaram ao palco do espetáculo receber o bis dos aplausos, depois de tomar banho e festejar nos vestiários.

Não sei, hoje, se vamos comemorar de volta contra o Fluminense. Mas eu acredito.



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