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10 maio 2007 - 15h15

O excelente e o péssimo

Após Vitória, Atlético GO, Paraná e Fluminense, fica claro, cristalino como cristal, o que o Atlético tem de melhor: a sua torcida. Do rescaldo da derrota para o Fluminense somente temos essa comprovação de fato positivo. Não que, em algum momento, tenha havido a menor sombra de dúvida, pelo menos para mim. Nunca! Foi emocionante ver toda a mobilização, com músicas novas, mosaico e esperança renovada, mesmo após péssimas, ridículas apresentações recentes, só para reter-nos ao ano de 2007.

E esse é um lado muito interessante de acompanhar, essa paixão incondicional do torcedor atleticano. Somos cegos, surdos e mudos em relação a mandos e desmandos, ignoramos más atuações, imposições arbitrárias, humilhações, tudo pelo prazer de ver o Furacão vencedor. Se derrotas nos oprimem, basta uma vitória para cantarmos nosso amor e esperarmos um novo título. Idolatramos alguns jogadores, cuja pele parece ser rubro-negra, de tão identificados com o clube que foram. Mas não aceitamos covardia.

Um ex-colega de trabalho, atleticano até a alma, tem verdadeiro pavor do senhor Osvaldo Alvarez. Diz esse meu colega, que já em 1999 o Atlético deveria ter sido campeão brasileiro, não fosse o tal do Vadão. Sempre afirmou, desde aquela derrota para o Botafogo de Ribeirão Preto, que o tal do Vadão é, digamos, pouco afeito a correr riscos e adora uma retranquinha. Afinal já era assim desde os tempos do Mogi-Mirim. Por aqui novamente em 2003 e agora, em 2006/2007, parece que o tal do Vadaão não mudou. Confesso que aceito essa teoria da conspiração, mesmo porque é fácil comprovar que parece haver algo, basta acessar o Furacao.com e dar uma olhada nas estatísticas dos tempos “vadonianos” no Atlético: a maioria dos jogos fora de casa é derrota certa e algumas “surpresas” ocorrem em casa. Mesmo com aquele excelente time de 99; mesmo com a base daquele que viria a ser o bom time de 2004. Lembram do Atlético e Sport na Baixada, pela Copa do Brasil de 2003? Não era esse mesmo Vadão que insistia no Fabrício e no Ilan (em péssima fase)? Não foi esse mesmo Vadão demitido depois de um jogo ridículo contra o Vasco, em São Januário, onde o time atuou de maneira horrorosa e excessivamente cautelosa? Não foi esse mesmo Vadão demitido ainda dentro do vestiário após esse lamentável jogo?

Pois esse sujeito, novamente contratado, perdeu a Sulamericana e terminou 2006 de forma deprimente. Mantido no cargo, tendo tempo e mais tempo para preparar os jogadores, tática e tecnicamente, o que fez ele? Perdeu o Paranaense e a Copa do Brasil e, fácil observar, não tem a menor idéia de como montar um time titular, não tem uma jogada ensaiada sequer e ainda insiste em mentir, quando disse que bolas aéreas não são preocupação nessa infame defesa atleticana, montada por ele mesmo. Marcão, que em 2004 e 2005 foi exemplar, agora é somente uma sombra do que foi. Culpa do jogador? Eu não creio.

Hoje pela manhã os atleticanos levantaram com o gosto da decepção ainda na boca e é bom que demore a passar para nos fazer pensar antes de elogiar novamente o tal do Vadão. Espero também que, senão o gosto da decepção pela derrota, pelo menos o gosto da decepção por perda de negócios e de lucros esteja incomodando os comandantes atleticanos. Porque se nós cometemos erros de julgamentos por causa de nossa paixão cega, não é isso permitido a eles, os comandantes, com seus MBAs, PhDs, auto-suficiência, vaidades e orgulho.

Em 2004 a intransigência nos custou o título de bicampeões brasileiros. Agora em 2007, foi demonstrado na prática que uma união comando-torcedores trás benefícios inúmeros ao Atlético, além de renovar a paixão, comprometimentos e esperanças. Por isso espero que o comando atleticano continue agindo positivamente e que demitam o tal do Vadão ainda antes do início do Brasileiro, afinal já houve mostras de bom senso quando do chamamento dos torcedores nos jogos contra o Vitória e o Atlético GO. Espero que o comando não repita os mesmos erros do passado com Casemiros, Alemães e Givanildos.



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