Marcão e a realidade atleticana
Perdemos um lateral-esquerdo? Não. Perdemos um zagueiro? Também não. Então perdemos o quê afinal de contas? Perdemos um líder! Um líder! Vamos achar outro onde? Esperteza do Internacional, que sabe do valor do Marcão e o contratou. E nós, ficamos a ver navios, ou talvez, ficaremos a ver outros clubes ganhando títulos.
Cheio de raça, um jogador que veste a camisa. Que luta até o fim, que joga bola. Esse tipo de jogador equivale a um craque, porque se multiplica dentro de campo e exige dos seus companheiros uma atitude firme. Então, para o grupo é uma peça chave. É alguém determinado a vencer, correr e dividir a bola.
Perdemos o Marcão. Lamentável. Com o crescimento do clube contratamos melhores jogadores e, logicamente, por serem melhores, serão assediados. Isso até certo ponto é bom, porque é sinal de que temos um elenco competitivo. Outros clubes observam nossos jogadores. Eles sabem que aqui no Furacão, o futebol é de qualidade.
Mas até quando? Até quando nós seremos uma vitrine tipo pagou, levou? Isso chateia todos os atleticanos. É difícil.
Quero acreditar que isso faz parte do engrandecimento do clube. É uma fase. Infelizmente, pode durar anos. Mas, revendo a trajetória do nosso clube, principalmente desde 1995, eu acredito no Furacão. De tijolo em tijolo não terminaremos só a Kyocera Arena, mas construiremos os nossos sonhos também.
Atlético Paranaense, eternamente!