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29 maio 2007 - 1h29

Sonhos e saudades

Saudade: palavra exclusiva da língua portuguesa, carregada de sentimentos, nostalgia e admiração! Sonhos: todos temos! Quem não os tem não se pode dizer inteiramente feliz! Eles são como uma fuga da realidade, ou talvez a a busca de uma nova realidade. Sonhos e saudades: palavras quem tomadas em si mesmas podem ser até mesmo antagônicas, mas que dentro de um contexto determinado relacionam-se de tal maneira que se sonha com o que se tem saudades, se sonha com o que já passou! E é justamente assim que eu, como apenas um dos milhões de atleticanos, me sinto hoje.

Sonho com uma Baixada novamente lotada, mas não uma Baixada fria e fragmentada como é hoje! Quero a Baixada da torcida integrada, sem haver quaisquer separações e estigmas; da torcida vibrante, com suas faixas e adereços que faziam qualquer adversário tremer dentro do Caldeirão do Diabo!

Sonho com um time digno de vestir a camisa rubro-negra; não um time de estrelas, mas sim um time de jogadores que tenham raça e gana de vencer! Sonho em ver nos gramados da Arena mais Lucas, Klebers, Adrianos, Kellys… Como éramos felizes e não sabíamos!

Sonho com a época do amor à camisa! Época em que tínhamos técnicos corajosos e padrão de jogo! Podíamos perder fora de casa, mas na Baixada íamos pra cima de qualquer um sem dó nem piedade!

Sonho com o passado e as saudades movimentam esse sonho. Ah que bom seria a Baixada da torcida daquele maravilhoso 6 a 3 frente ao Bahia, assistindo o time de 2004 em campo, formado por jogadores que tem tanto amor a camisa como aqueles das décadas de 40, 50 e 60, comandados nada mais nada menos que por Geninho! Devaneios tolos de um atleticano triste e magoado com os rumos que o furacão vem tomando.

Assim como Fernando Pessoa digo que posso não ser nada em realação ao Atlético e seus sábios dirigentes, mas tenho em mim todos os sonhos do mundo! Não os sonhos de um frio C.A. Paranaense, mas sim os sonhos do meu querido Atlético, o Furacão da Baixada, cuja essência não podemos deixar que se perca no tempo, como se fosse apenas um sonho que a gente teve.



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