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4 jul 2007 - 13h53

Casa da sogra

Lembro-me muito bem quando vi o Edílson, o capetinha, no programa do Milton Neves dizendo que: ‘jogar na Arena é muito complicado, a pressão é grande e dá medo daquela caveira que tem lá, muito difícil vencer eles lá dentro’.
Quando isso passa na minha cabeça parece um filme em preto e branco, pois deste bom tempo restou apenas lembrança. Hoje nossa realidade é completamente diferente, temos um time (será que não forcei em chamar de time?) que fica mais perdido que cebola em salada de fruta quando entra em campo, salvo os dias em que quase tudo dá certo pra gente e acabamos conseguindo um gol num chute alcoolizado partindo do meio da rua no momento em que todos pensavam: Já era!

É… A realidade é dura e difícil de ser encarada, mas está aí. Quando faço novas amizades, o papo futebol é inevitável, e alguém me pergunta pra que time eu torço, eu também me faço essa pergunta num segundo de transe…

– Atlético Paranaense ou CAParanaense?

Querendo ou não são duas ‘coisas’ completamente diferentes.

A primeira é aquela em que o lado Rubro Negro da cidade – diga-se de passagem, a grande maioria- mobilizava-se para se encontrar na temível ARENA DA BAIXADA e cantar, empurrar e ajudar o Time (notem o T maiúsculo) a vencer mais uma batalha. Como sempre a torcida foi um fator determinante no quesito vitória do Atlético.

A segunda é a atual figura do CAParanaense, alguma coisa do tipo ninguém por todos e todos por quem? Jogo do Furacão hoje é uma coisa normal como um joguinho do time do Prof. Ciranda, e mesmo assim temos mais público. Ingresso de time Europeu, time de várzea, estádio moderno, torcida apática. E este mesmo público que com pacote de ingresso ou não comparece no estádio fica lá na maioria do tempo com os braços cruzados, xingando, reclamando etc… O verdadeiro corneta. Aquela vibração morreu junto com a moral. Só mesmo o Youtube pra me fazer sentir alegria.
Para os adversários hoje jogar na Arena é sinal de arrecadação de pontos, aquela mística, aquele medo, aquele time invencível em casa já não existem mais. Até quando vamos pagar o pato? Até quando teremos que nos sentir inseguros com o futuro incerto do clube que carregamos no sangue e no coração?

Nem vitrine de jogadores não é mais, pois vamos vender quem? Michel? Erandir? Alan (bique) Bahia? Desculpem-me, mas é melhor trocar por jogadores do Náutico.

Falando em Náutico, ontem escutei uma frase no mínimo interessante: “O Atlético está tomando no KUKI.”

Em resumo: a Arena virou a casa da sogra!



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