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9 jul 2007 - 12h21

Bem comum

Caros irmãos atleticanos

REF: Aos últimos sofrimentos (Sei que é grande, mas peço que leiam até o final)

Venho até vocês embalado pelas duas últimas matérias do colunista Rafael Lemos das quais achei sensacionais pare este momento. Notem que em meados de 2006 escrevi a carta intitulada “O dia que o Atlético venceu” pois naquele momento particularmente eu acreditava que o Furacão estava com sérios problemas e necessitava de toda a nossa crença no time para que não sofrêssemos qualquer susto no final da competição. Naquele momento obviamente recebi alguns e-mails de incentivo e alguns e-mails discordando da minha mensagem, mas como recebi e-mails de atleticanos que concordavam com a minha opinião, ou seja, construir o que não existia ao invés de destruir o que já estava péssimo, eu acreditei. Notem que me parecia que o time naquele momento passava por uma crise pior do que está sendo presenciada agora.

Antes de continuar, gostaria de deixar bem claro que concordo com todos os argumentos dos irmãos atleticanos que estão insatisfeitos com a nossa situação e que deixam as suas indignações aqui neste democrático e maravilhoso site sobre nosso querido time, isto é, erros de contratação, alto valor do ingresso, baixo nível técnico e qualquer coisa que valha.

Voltando à minha explanação, gostaria de dizer que era impossível em 2006 torcer para o Atlético dentro do nosso templo sagrado, pois as vaias e xingamentos imperavam internamente e por todos os cantos do estádio, sem que houvesse distinção alguma entre os setores, ou seja, quando queremos reclamar somos unânimes. Vejam que de repente surge o Vadão, a quem não nutro grandes elogios, mas que para aquele time desorientado era uma grande opção e possuía uma promessa que me parecia bem razoável, ou seja, livrar o Atlético do risco do rebaixamento e nada mais além disto. Com esta bandeira erguida fomos para o tudo ou nada, juntos, como sempre no velho e bom “ou vai ou racha”. A torcida começou a aparecer, as vitórias também e o espírito atleticano surgiu das cinzas como a Fênix. Ops, isto já havia acontecido com este povo rubro-negro várias vezes no passado. O que ocorre é que todo time que vai bem começa almejar coisas melhores, portanto almejamos a Libertadores, triste fim de Policarpo Quaresma, pois perdemos a classificação para o Flamengo no Rio, então focamos na Sul-americana que tinha que ser ganha a qualquer custo. Perdemos esta disputa também, e me corrijam se estiver errado, antes de tudo isto tomamos de 5×0 em pleno templo sagrado e de quem? Do Botafogo, recorde este que ninguém quer lembrar.

Nós sabemos porque tudo isso ocorreu, pelo simples fato de que o único intuito daquele ano de 2006 que começava atrasado, era fugir do fantasma do rebaixamento, do qual, fizemos com tal eficiência que começamos até a pensar em outros títulos a disputar. Pura inocência causada pela paixão, pois o único planejamento que tínhamos no atrasadíssimo 2006 era fugir do rebaixamento. Uma coisa deve ficar clara: time grande sempre terá que estar disposto a ganhar e saber perder, pois faz parte do futebol, principalmente para um time como o nosso, que sempre tem chance de ganhar tudo o que disputa.

Meus irmãos, como nosso presidente já nos informou que não haverá mudanças expressivas em nosso time e que este que está aí será o da vez, então eu já decidi, vou começar a lutar agora mesmo, pois como não desisto nunca e quando me tornei Atleticano sabia que abdicava das palavras (DESISTIR, RENDER SEM LUTAR) vou para a Baixada do Furacão, CAParanense ou coisa que valha, pois o que importa é que sei que o Atlético sempre estará lá para nós, a torcida maravilhosa do Furacão.

DESABAFO: Este ano por perder o Paranaense, a Copa do Brasil e alguns jogos na Baixada, infelizmente comecei a me tornar uma coisa que odeio mais que tudo e nada mais é do que ser um chato, chorão que não luta, só reclama, xinga, perde a compostura e pior do que tudo, perde a fé antes mesmo de entrar no templo sagrado. Isto eu não posso me tornar, por ser atleticano eu não me dou este direito. Isto é coisa de ervilha…Vou fazer, portanto como já mencionei: vou para a Baixada lutar, lutar e lutar, como sempre foi. Ou alguém aqui duvida que para nós é sempre mais difícil? Acredito piamente que no ano passado faltava fé. Este ano falta lembrar da garra que sempre tivemos, pois como disse nunca foi fácil, sempre tivemos que ser lutadores até o fim. Em minha cabeça é exatamente isso que nos fazia imbatíveis, pois já entrávamos na Baixada prontos para a batalha, baixada velha ou nova, tanto faz, o solo sagrado é o mesmo.

Acho que alguns vão rir, mas lembra do Rocky III, no momento que ele toma aquela surra do B.A.. Então, nós estamos como ele, nos tornamos civilizados demais, estamos mansos, perdemos nossa garra, ficamos confortáveis demais, críticos demais, começamos a esquecer da batalha e nos preocupar com outras coisas senão torcer para o Atlético. Diretoria, preço de ingresso, escalação de time, venda de jogadores se tornaram mais importantes do que torcer. Já disse que concordo com tudo isso, só que torcida tem que fazer o que ela faz de mais importante, que é torcer e fazer ganhar, depois pensamos nestas outras coisas. Temos que mexer este Caldeirão novamente, e para fazer isto precisamos de todos e que todos estejam dispostos. Então faço um apelo a todos Atleticanos, aqui neste site que em minha opinião é o melhor site sobre a nossa paixão: novamente o ano começa atrasado, e agora já não dá mais tempo para fazer revoluções. Isto tinha que ser feito no final do ano passado. Se não foi feito, nossa culpa, nos deixamos ficar assim, tínhamos que reclamar após a certeza de ter fugido daquele fantasma e após as oito seguidas derrotas no Brasileirão, com o Sr. Vadão.

Atleticanos, agora só nos resta ajudar, torcer, acreditar, gritar e fazer o que nós sabemos de melhor, mexer o Caldeirão. Sei que é difícil acreditar neste elenco que está aí, mas, lembrem o que já mencionei sobre facilidade. Nunca vai ser fácil e por isso é mais gostoso, pois, quando ganhamos é no vigor e na raça Atleticana. O mérito é todo nosso. Portanto agora o que importa é o Atlético, sempre! Ganhando ou perdendo é isso que importa, vamos lá torcida atleticana! Vamos nos inflamar novamente! Por que este é o Furacão da Baixada e aqui é o Caldeirão!



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