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13 jul 2007 - 1h00

Mal acostumados

Somos atleticanos, atleticanos apaixonados. Eu, particularmente, sou daquele que sempre acredita em dias melhores e aposto no time que temos. Quando meus colegas dizem “Ah, esse time não tem futuro” eu logo me ponho a defender o time, por pior que ele pareça. Faço isso, pois, na verdade, nunca tivemos times ruins. Ao contrário, os times do passado sempre se formaram por jogadores medianos, mesclados com alguns destaques. Lembro-me de jogadores considerados ineficientes que tornarem-se importantes e fizeram bons jogos pelo atlético.

Em todos os anos temos reclamações a fazer, reclamar é normal, e todo torcedor tem lá suas dúvidas quando o jogo não evolui, o time não rende, e o pior, nem mesmo em casa conquista-se vitórias. Eu confesso que tive momentos em que cansei de esperar algo de certos jogadores. Para ver se ajudava gritei o nome de um e de outro tentando empurrá-los, mas via que não tinha resultado.

Esse time é diferente, mas na verdade é igual à maioria dos times que tivemos. Obviamente eu estou me contradizendo falando desta maneira, mas existe uma diferença neste time que vai além da qualidade técnica dos jogadores. Não existe mais o apoio que em um breve passado empurrava quem estivesse vestindo as cores do nosso clube. Aquele grito que arrepia o cidadão e o faz dar aquele pique desnecessário que, de repente, se torna uma jogada de gol e acende aquela raça como a que fez o time rasgar, correr e lutar como um leão como nos jogos da copa libertadores de 2005.

Eis que a torcida apaixonada, entusiasmada com o crescimento do Furacão, se apagou, eis que a mesma já não enxerga mais o patrimônio, não vê mais diferença em sentar em cadeiras confortáveis ou sentar no cimento da Vila Capanema. “Tudo se foi! nada está sendo feito! este time é uma desgraça! O Petraglia não serve! tira o Christian! o ingresso tá caro! BUUUURRROOO”

A torcida se acostumou com o que tem, e como o filho mimado que tem tudo, reclama de barriga cheia. Não vê nada de descente e nem mesmo uma campanha de marketing ou um excelente trabalho em prol do clube escapa da reclamação, “Ah! não quero mais ser sócio por que meu cartão tá escrito CAParanaense, não gosto assim.” Este é o torcedor moderno, e mesmo os torcedores antigos e inteligentes estão seguindo este caminho.

Nós, torcedores, temos um papel muito mais importante do qual estamos exercendo. O clube tem erros, comete lá suas falhas, normais, aliás, existem pessoas por trás de todo este patrimônio, pessoas competentes que já acertaram muito mais do que erraram. Devemos respeitar isso, devemos honrar o nosso time e nosso presidente. Se quisermos que haja mudança, vamos primeiro apoiar o time, e depois, pedimos o que queremos e tentamos achar um culpado para os problemas se isso for necessário.

Depois de apoiarmos e vermos o time ganhar títulos, quem sabe tenhamos um pacote de ingressos para a família como o Cicrano gostaria, e, mais para frente, tenhamos o plano econômico que não dá direito a voto como o Beltrano. Mas, nesse momento, esta é a nossa realidade. Neste momento o que temos é isso, e, convenhamos, é muita coisa. Brigar com diretor, xingar jogador e ATRAPALHAR O TIME, que é o que acontece quando metade da torcida grita “BUURRROOOO” antes mesmo de o cara tocar na bola, não vai resolver a nossa vida ou muito menos nos ajuda a conquistar a vitória e buscar títulos.

Analisem nossa campanha e observem que ela é melhor que de muitos outros times do passado. Se crescermos nesse momento e começarmos a ganhar as partidas em casa, podemos ir longe, basta acreditar.

CONSTATAÇÃO

Na última partida em casa, resolvi levar o radinho para não ouvir tanto as gritarias e xingamentos da nossa torcida. Entre tantas rádios, resolvi ouvir a Rádio Transamérica. Quando o jogo começava, já ouvia os “comentaristas esportivos” criticarem a escalação da equipe e se pronunciarem de maneira absurda contra nosso clube.

Eis que durante a partida, aproximadamente a dez minutos de jogo, inicia-se uma campanha contra alguns jogadores que estavam em campo e logo que esta campanha começa, percebo que os torcedores da Getúlio Vargas inferior começam a gritar, a espernear e xingar. Ou seja, preferem trazer as emoções, adquiridas pela transmissão feita pela imprensa anti-atlético, anti-crescimento do nosso clube, para dentro do nosso estádio.

Estes, inimigos escondidos atrás do título de comentarista, repórter e etc., que se intitulam imprensa esportiva do Paraná, deviam ser banidos da Arena e proibidos de citar o nome do nosso Furacão. Abram os olhos torcedores, eles querem acabar conosco. Nosso time não é bom, e fica muito pior sem o nosso apoio.

Esta imprensa é a mais parcial e descarada que eu já vi na vida. É a ela que devemos boicotar e não ao nosso amado clube.

SAUDAÇÕES RUBRO-NEGRAS.



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