Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa
Uma coisa:
há “coisas” na vida que não necessitam de experimentação. De antemão, já se prevê logicamente o resultado, pela faticidade do fenômeno atual. Como a derrota de hoje, cuja única dúvida era o número de gols do Vasco. Mas, ainda tem alguém aí achando que o Vasco iria ser prejudicado lá em São Januário? Ou seja, iriam validar o gol legítimo do Atlético tão pura e simplesmente? Alguém não sabe que os jogadores do Vasco são intocáveis lá dentro? Ou alguém acha que o Vasco algum dia perderá para um time paranaense naquela pocilga? Que não sabe que qualquer time para ganhar lá não pode depender do inexorável? Se existe alguém assim, é alguém que não entende nada de futebol. Separando isto, eis a questão, e fundamentalmente pior…
Outra coisa:
uma coisa que dói. Não pelo time não jogar bem – porque o CAP tem coisas mais importantes no momento para fazer do que montar um bom time para isso (terminar o estádio, o que é impossível fazer bem feito concomitantemente) – mas dói por um motivo diferente. Porque eu e mais aqueles que resolveram pensar assim (para doer menos), por mais racional que a gente seja, por mais que a gente deixe a emoção de lado, vem algo aos nossos olhos que machuca o coração, lateja a cabeça, cutuca as gônadas, incomoda o esfíncter, por exemplo…
…como é que pode, em pleno século XXI e após 150 partidas, nós atleticanos sermos obrigados a assistir este Danilo entrar em campo e fazer o mesmo de sempre: erra passe, dá chutão, não sabe lançar nem cruzar, faz pênaltis, fica plantado no chão da zaga assistindo e acompanhando o adversário fazer o que bem entende, ganhando faixa de Capitão… Diga lá meu Deus por que é que ninguém quer reconhecer isto! Hoje conseguiu tirar um próprio colega de campo, ou seja, queimou uma substituição.
O saldo da era Vadão: a piazada que entrou, sem noção! Aquele tal de Kaio, que vá pentear macaco, perdeu todas as jogadas, tava preocupado com seu cabelinho moicano. Esse Marcelo achou que tava no Madureira ainda. O que foi aquela saída do gol (na hora do gol do Vasco) do Guilherme? É claro que é falta de experiência: então põe o Viáfara, pô! Será que é difícil ver que todo jogo ele faz uma que é fatal? Esse pessoal, literalmente parece que nunca treinou na vida. Será que eles estão preocupados com o PAN? E o Lopes tem que começar do zero?
Por que não trocam os times? Deixam Alex Mineiro, Ferreira, Valência e Dinei e promovem todo o time júnior, aí vão ver quem é que quer jogar bola, quem é que tá a fim de honrar a camisa rubro-negra. Ou então não fazem isto porque é um mercado paralelo para fins lucrativos, por isso não se mistura, são fontes diferentes. Aí vendem Washington, Jadson, Paulo André, Denis Marques. Sem falar nos jogadores que perdem para os paulistas.
A dor… e não é só minha, é de você leitor e do coitado do Ferreira (e tem gente que culpa ele ainda). Do coitado do Lopes. E talvez do coitado desse Dinei. Ah, falar nisto, mais coitado ainda do Alex Mineiro. O resto, meu amigo…
Coitado de mim e de nós que, mesmo sendo mais frios – que jogador do Dínamo de Moscou – para não pirar de vez, temos que agüentar até o fim do ano torcendo pra ficar distante da zona de rebaixamento. Mas só isto não basta, desse jeito temos que ficar mais perto da zona de meretrício, para “afogar as mágoas”.
Casamento é uma coisa, casa da luz vermelha é outra. Dá para discernir. Vasco em São Januário é uma coisa, Atlético C é outra, também dá para discernir. Tô preocupado com o ano que vem: estádio novo, completinho e maravilhoso… E se eu não puder discernir de divisão o adversário alviverde… ai ai ai.
Acorda, diretoria. Vamos trazer os juniores. Senão vamos ter que encarar uma segundona com aquele boneco do “vovô” lá no mijódromo. Querem ver este filme de novo? Não? Então SE MEXAM! Até os lêmures são capazes disto, lá em Madagascar ainda!
-“I yes to, I yes to, I yes to move move!”