Novo adereço no circo
Agora, quando tem jogo do Atlético na Kyocera Arena, os meus ilustres amigos torcedores de outros times me perguntam se vou ao circo. Depois de discutir com eles sobre isso por algum tempo não vejo mais motivos para brigar e, agora, concordo numa boa que a nossa temida e amada Baixada realmente virou um circo, um salão de festas que está ali para ser emprestado ou alugado para qualquer um.
Depois de ir ao circo contra o Paraná Clube (pelo Campeonato Paranaense), contra o Fluminense (pela Copa do Brasil), contra o Santos, Náutico e Cruzeiro (pelo Campeonato Brasileiro) não vejo outra alternativa a não ser aposentar precocemente a minha ida à Arena da Baixada. Cheguei a pensar que o pé frio era eu ou os meus amigos Rogério, Priscila, Thiago, Gustavo e Rodrigo mas não, com o time desse jeito, não tem pé quente que reverta a situação.
Semana passada li em alguns jornais que o circo tinha ganhado um novo adereço, digamos assim um local onde o dono do picadeiro poderia ver os seus palhaços, malabaristas e mágicos trabalhando. Como ainda não tinha visto esse novo local não quis fazer nenhum comentário precipitado. Pois bem, indo ao circo ontem, contra o Cruzeiro, pude constatar com meus próprios olhos que tal adereço foi muito bem feito, com vista inclinada para o picadeiro, com calçada e grade para que o público que vai ao espetáculo não se aproxime do dono para não lhe exigir novas atrações. Mais parecia um quiosque de quermesse nas igrejas da nossa cidade.
Esse mesmo público que ao invés de ir ao circo para se divertir e vibrar com os espetáculos está sendo chamado de palhaço na cara dura,.Estão querendo transferir uma responsabilidade para os telespectadores que não lhes pertence. Essa responsabilidade é do dono do circo e dos seus artistas.
A conclusão é sua, não preciso ser mais claro para que todos saibam que o circo em questão é a Kyocera Arena, que o dono do picadeiro é o presidente Mario Celso Petraglia e que os palhaços, malabaristas e mágicos são os jogadores e comissão técnica.
Chega de palhaçada! Queremos um time de futebol. Invistam uma parcela dos tais R$ 15,5 milhões que faturaram em 2006 e montem um time de verdade. Não esperem a segunda divisão bater na porta do CAParanaense, pois, se isso acontecer, não voltaremos tão cedo para a elite do futebol brasileiro.