Hora de virar a moeda
Foi um horror: frio, tensão, um empate com gosto de vitória e uma corridinha para casa a fim de evitar o encontro com a torcida do Grêmio, que estava jurando a Fanáticos de morte.
Mas os gaúchos (ou a escola gaúcha) não podem ser responsabilizados pelo freak show do Olímpico. Tcheco é paranense, Gavillan é paraguaio e o pseudo-árbitro é catarinense.
Atribuo ao juiz toda a responsabilidade sobre a violência apresentada pelo time gremista nesse sábado. Ele preside o jogo. A ele incumbe inibir a violência e punir os infratores.
Tivesse marcado o pênalti no empurrão de Schiavi (o chute do Tcheco não foi intencional), aplicado cartões vermelhos a Gavillan e Diego Souza (carioca), e não expulsado Claiton, que fez uma falta prá lá de normal em Tcheco, talvez o resultado tivesse sido outro.
Digo talvez porque o Atlético, assim como o Grêmio, jogou mal e, também assim como o Grêmio, achou um gol. A diferença é que temos um matador chamado Alex Mineiro, capaz de resolver jogos num único lance (e tivemos duas chances de gol no jogo inteiro).
Outra coisa que me deixou indignado foi a parcialidade da imprensa gaúcha. Além de não fazer menção ao pênalti em Alex, olhem o relato da Zero Hora sobre a cirurgia dentária em Evandro: “No decorrer da partida, o Furacão teve mais um problema. Evandro quebrou um dente ao dividir uma bola e foi substituído pelo meia Claiton, ex-Inter.” Na TV não há qualquer tentativa de apuração da culpa de Gavillan. Um absurdo.
Até imagino a choradeira dos gremistas se as vítimas fossem Carlos Eduardo e Diego Souza, que carregam o time nas costas.
Agora ficaremos meses sem nosso artilheiro…
Torço apenas para que os fatos desse fim de semana trágico sirvam de estopim para a reação do time nesse Brasileirão.
Mais do que nunca é hora da torcida voltar a lotar a arena e empurrar o Atlético.
Saudações rubro-negras.