Ao classificar a torcida do CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE, como uma falácia, ou seja algo enganoso; fraudulento; ilusório, MCP demonstra seu desprezo e total desrespeito que nutre pelo clube e pela sua torcida.

Muito provavelmente, em seus devaneios, sonha com uma torcida loira, de paletó e gravata, e matronas de chapéu, penduricalhos e frufrus mil; pagando ingresso em dólares ou euros; educadamente batendo palmas na hora do gol decisivo, e apenas suspirando solenemente um “Oh my God!” na hora do gol adversário; do erro do juiz, ou de uma virada vergonhosa como a de sábado.

Uma torcida classuda como esta, aplaudiria com entusiasmo contido sua coragem de mudar o nome do Club, corrigindo erro histórico, pois afinal, atlético é apenas um adjetivo, passando a chamar-se Paranaense, conforme é conhecido nos mais longínquos cantões do mundo.

Restaria uma dúvida: como este seleto grupo entoaria o hino oficial do Club, encaixando na mesma linha melódica, uma palavra com uma sílaba a mais?

Impossível cantar: “Paranaense; paranaense, conhecemos teu valor…”; Porém, por não existir obstáculos intransponíveis para o grande reformador, certamente mudar-se-ia hino, côres, símbolos e tudo o mais que pudesse remeter à origem singela da agremiação, com torcidas organizadas, caveiras, bandeiras e gritos de guerra com os mais sórdidos palavrões; verdadeiros selvagens em busca de sangue.

Em seus sonhos distorcidos, uma legião de cantores profissionais entoaria árias especialmente compostas para louvar-lhe os feitos, a coragem e o sucesso, não lembrando em nada os grotescos urros da horda de desordeiros que outrora ousou tentar ocupar as dependências do seu Club.

Conclamo aos atleticanos que realmente amam nosso clube, que reflitam sobre estas possibilidades. Estamos nas mãos de alguém que não pensa como nós. Seus objetivos são outros. Quem viver verá!