24 ago 2007 - 11h07

Ídolo atleticano, Cocito comemora 30 anos hoje

Raça, vontade, dedicação, liderança e respeito às cores rubro-negras. Estes são os adjetivos que sempre acompanharam a carreira de Cocito, que completa 30 anos nesta sexta-feira. Características que o colocaram em destaque na galeria de ídolos da torcida atleticana.

Trajetória

Thiago Marcelo Silveira Cocito nasceu em Bebedouro e começou a carreira nas categorias de base do Botafogo de Ribeirão Preto. Na ocasião, foi apontado como o principal talento do time de juniores do clube, mesmo jogando em uma posição defensiva. Em 1998, o Atlético firmou uma parceria com o empresário uruguaio Juan Figger e contratou, de uma só tacada, três atletas do Botafogo: Cocito, Gustavo e Lucas. Em razão de uma contusão na virilha, o atleta demorou a entrar no time, mas depois acabou se tornando um dos principais jogadores do time nos anos seguintes.

Cocito foi emprestado para o Corinthians em 2003, onde disputou o Campeonato Brasileiro daquele ano. Ao término do segundo contrato com o time paulista, acabou sendo reemprestado, desta vez ao Grêmio, e foi um dos melhores jogadores do clube na pífia campanha do Brasileirão 2004, onde ostentou o apelido de “Gladiador”. No início de 2005, a diretoria do Atlético surpreendeu e reintegrou o volante, que foi comandado por Casemiro Mior atuando como terceiro zagueiro. Depois, com a contratação de Antonio Lopes, o jogador voltou a jogar como volante e foi muito importante na ótima campanha do time na Libertadores, caindo novamente nas graças da torcida e obtendo reconhecimento internacional. Além de desempenhar com eficiência a função de proteger a zaga, também tinha um papel decisivo como um dos líderes do plantel.

O jogador também teve passagens breves pelo Tenerife e Real Murcia, da Espanha. Pelo primeiro, alguns problemas envolvendo sua documentação atrasaram em quase três meses a estréia do jogador. Seu clube atual é o Fortaleza, que junto ao Coritiba disputa a segunda divisão do Campeonato Brasileiro 2007. Recentemente, o jogador ficou afastado quase um mês após passar por uma operação no joelho esquerdo em Curitiba. Nas palavras do comandante Zetti, um líder em campo. "É uma atleta experiente, uma espécie de líder do grupo. Tem boa técnica, raça e dispensa qualquer outro comentário. O jogador se recuperou bem e queremos ele conosco para nos ajudar já no início dessa segunda fase", comentou o técnico ao site oficial do clube.

Títulos

Defendendo as cores rubro-negras com muita raça e determinação, Cocito foi fundamental nas conquistas dos Campeonatos Paranaenses de 2000, 2001 e 2002, a Seletiva da Libertadores de 1999 e o Campeonato Brasileiro de 2001. Foi neste ano que Cocito alcançou seu melhor momento no clube, especialmente após a chegada do técnico Geninho. Com ele, Cocito ganhou a disputa com Pires pela posição de titular e foi decisivo na fase final da competição.

Além destas conquistas, o volante ainda tem em seu currículo o feito de ser o único jogador a ter participado das três Libertadores disputadas pelo Atlético. Cocito também atuou em outra edição, defendendo o Corinthians.

Passagens

Cocito foi protagonista de pelo menos dois episódios marcantes no Atlético. O primeiro foi justamente no jogo em que marcou seu primeiro gol com a camisa atleticana. Ele estava no banco e o Coritiba vencia o jogo por 1 a 0. Cocito entrou no lugar do zagueiro Leonardo Valença e marcou um golaço aos 20 minutos do segundo tempo, chutando forte de fora da área. Depois, o Furacão fez mais três.

Já pelo Campeonato Brasileiro de 2001, Cocito sofreu uma forte perseguição da imprensa paulista depois do jogo contra o São Paulo, pelas quartas-de-final. O Atlético venceu por 2 a 1, mas Cocito teve seu nome associado a jogador violento depois que Kaká deixou o campo machucado.

Homenagem

No dia do aniversário de Cocito, a Furacao.com convida o colunista Juarez Vilella Filho para prestar uma homenagem ao jogador e agradecer pela raça e respeito às cores atleticanas. Parabéns, Cocito!!!!

"Cocito teve uma passagem marcante pelo clube; na verdade duas passagens vitoriosas. Sua incontestável liderança e sua característica raça sempre serão lembradas pelos torcedores atleticanos, que valorizam muito a disposição do jogador, mesmo que este não seja um primor de técnica. Não à toa, alguns jogadores que tinham bom desempenho ao seu lado, nunca mais produziram a contento sem Cocito ao lado, lhes orientando e cobrando atenção e garra o tempo todo. A dedicação que sempre demonstrou e o respeito à camisa rubro-negra, que sempre defendeu com ardor, puderam ser notados até mesmo quando ele enfrentou o Atlético por outras equipes. Na memória do torcedor rubro-negro ficaram sempre imagens marcantes do bravo Cocito. Quer seja dividindo duro, mas sempre com lealdade, quer seja agarrado às redes do Joaquim Américo após salvar um gol do São Caetano na 1ª final de 2001 ou chargeando o adversário vascaíno, fazendo que daria um chutão e aplicando um belo lençol na goleada imposta por 7 tentos em 2005. Obrigado por tudo Cocito. Num futebol tão mercantilista como o de hoje em dia, foi um prazer vê-lo sempre jogando com muita dedicação, amor e respeito às cores do clube que tão bem acolheu”.



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