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17 set 2007 - 11h17

A falácia do Sócio Furacão

Como sócio furacão, divido minhas emoções nesta segunda-feira. Mesmo vivendo ainda uma ressaca pós-vitória sobre o Palmeiras, posso admitir que nunca havia saído tão cabisbaixo da Arena, nem mesmo após presenciar aquela fatídica derrota por 5 a 0 contra o Botafogo, no ano passado.

Isto deve-se ao tratamento dado pelo clube ao seu quadro associativo, o qual pude presenciar e sentir na pele ontem ao tentar entrar na Arena. Ao me dirigir às catracas destinadas aos sócios, uma mensagem de “Pendente” surgiu no leitor da mesma. Orientado por funcionários do clube, dirigi-me a uma sala para atendimento aos sócios. Lá fui informado de que eu estava em atraso com a minha mensalidade. Sabendo de que eu havia efetuado o pagamento através do meu cartão de crédito, solicitei a presença de um superior para resolver o problema. Logo apareceu uma Sra. identificada como Mônica Simione, esta me informou que eu não poderia entrar no estádio e teria que resolver esta pendência a partir de segunda-feira. Argumentei que havia feito o pagamento e que eu DEVERIA ser liberado para assistir à partida! Me comprometi a ir até um caixa automático do meu banco e que comprovaria o pagamento através de um extrato. Esta senhora, Mônica Simione, com muita prepotência e total descaso me informou que isto não resolveria o problema e que não iria liberar minha entrada de forma alguma, e simplesmente virou as costas e saiu da sala, me deixando na mão.

Muito irritado, deixei a sala e me comuniquei com amigos informando do absurdo que eu presenciara. Foi quando tentei passar novamente meu cartão de sócio na catraca, pra verificar se havia algum erro na leitura. Foi quando me deparei com outros sócios indignados com o mesmo problema que o meu. Já havia passado 30 minutos de jogo, foi quando um funcionário do clube, identificado como Jonas, veio conversar comigo e questionou qual era o problema. Muito atencioso, Jonas me informou que liberaria minha entrada, mas reteria meu cartão de sócio, podendo regularizar a situação na segunda-feira. Aí pergunto, como um subordinado da senhora Mônica Simione foi capaz de resolver esta situação? Sendo que a mesma me “deu as costas” e teria o DEVER de averiguar o fato? Como uma pessoa tão incompetente e mesquinha tem um cargo de supervisão para atender os sócios? Agradeço ao tratamento dado pelo Jonas, mas desprezo totalmente a atitude desta sra, a qual mostrei a propaganda veiculada na contra-capa da Revista Preliminar entregue na entrada da Arena, que dizia: “Sócio é mais que um torcedor”. E esta limitou-se a ficar calada e a emitir um sorriso sarcástico.

Depois de passar por tudo isso, encontrei meus amigos nas cadeiras da Arena para acompanhar a partida, logo após saiu o gol rubro-negro, o qual pela primeira vez na minha vida não consegui comemorar. O silêncio tomou conta de mim, refletindo por tudo o que passara, tive até vontade de sair do estádio e, juro, chorar. Chorar pelo tratamento recebido, chorar por ter comparecido em todos os jogos do Atlético desde fevereiro de 2006, data em que voltei a morar em Curitiba, chorar por não ser sequer reconhecido como uma pessoa que acredita e tenta fazer parte do projeto. Sinceramente, não sei qual será minha decisão daqui para frente, estou em dia com minhas obrigações ao Clube Atlético Paranaense e não aceito ser tratado desta maneira, não aceito atitudes como as da Sra. Mônica Simione, não aceito ser tratado “como um marginal”, frase dita por um outro sócio em situação semelhante. Se o momento é de união, não foi isso que presenciei. Se o momento é de apoio incondicional, não fui tratado assim.

Nesta segunda-feira estou com o coração partido, com o orgulho ferido e com toda sinceridade não sei se continuarei fazendo parte do quadro de sócios. Não era este tratamento que esperava de um clube que tanto amo e de quem sempre tentei ajudar. Espero que a diretoria reflita para que este tipo de coisa não aconteça mais. Sei que vários sócios estão tendo problemas e continuam sendo tratados como cães! Tenho presença constante nos estádios, desde a época do Pinheirão, e me sinto como que se alguém tivesse tirado de mim o prazer de torcer pelo Furacão. Se este prazer voltará apenas o tempo e as medidas que o clube tomará podem dizer.



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