O reencontro
Acabei de ver na televisão que aquele time que fizer 46 pontos pode ser considerado como fora de perigo do rebaixamento.
O Atlético passadas 8 rodadas do segundo turno do campeonato soma 35 pontos. Ou seja, para atingir a meta de 46 pontos faltariam somente 11 pontos. Isto equivale dizer que o Atlético precisa vencer pelo menos 4 jogos para estar livre do rebaixamento.
Dos 11 jogos que ainda faltam, 6 serão na Baixada. Todos serão jogos muto difíceis, pois à exceção do América-RN, todos têm alguma pretensão: alguns querem estar na Libertadores e outros assim como o CAP querem escapar do rebaixamento.
Felizmente muitas coisas mudaram e o CAP parece ter reencontrando sua torcida. A diretoria e os jogadores estão em lua-de-mel com a torcida. Torcida que ama o futebol. Torcida que incentiva o time durante todo o jogo, que joga com o time, que nunca deixa de apoiar mesmo nos momentos adversos de um jogo. Torcida que era menosprezada, mal-tratada e que virou protagonista deste novo momento atleticano. As vitórias contra Atlético-MG, Palmeiras e Paraná foram construídas com muito suor, com muita raça, os jogadores se desdobraram em campo, mas o combustível que os alimentou para essas vitórias veio das arquibancadas. Quem, como eu, estava na Buenos Aires superior e viu a vibração da torcida antes, durante e depois do jogo com o Paraná não esquecerá tão cedo daquelas imagens maravilhosas. Estádio lotado por uma torcida vibrante como há muito tempo não se via.
A diretoria rubro-negra foi esperta o bastante para se dar conta que sem o apoio dos torcedores o time não chegaria muito longe. Trouxe bons jogadores como Marcelo Ramos, baixou o preço dos ingressos, permitiu a festa – mas que poderia ser maior, porque deveriam liberar mais faixas e bandeiras – e o resultado está aí: o time em ascensão no campeonato.
Nessa virada atleticana mérito também para Ney Franco que conseguiu montar um time (coisa que os técnicos anteriores não souberam fazer) e para os jogadores que encarnaram o espírito rubro-negro e estão jogando com uma garra impresionante: Claiton, Valencia, Rhodolfo, Netinho, Rogério Correa dividem cada bola. Ferreira e Marcelo Ramos estão formando uma dupla entrosadíssima no ataque. Ferreira foi o pesadelo do time paranista. Foi impossível pará-lo.
Cada jogo será uma batalha, 540 minutos de tensão, mas acredito que ao final serão 6 vitórias consagradoras na Arena e quem sabe alguns pontinhos fora. O time cresceu muito e insuflado por essa torcida o objetivo que resta neste 2007 será cumprido.
Não menosprezem a torcida do Atlético, nunca!