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15 out 2007 - 12h14

A “seleção”de lá e nós daqui

Domingo, momentos antes do jogo contra a Colômbia, no SporTV:

“Recebi 3 emails de atleticanos dizendo que vão torcer pela Colômbia”, disse nossa exilada Janaína Xavier, aos incrédulos “jornalistas” daquele canal fechado.

“Será que a coisa chegou neste ponto? não acredito não”, disse o “Capita”, em meio a entreolhares desconfiados dos participantes da hora.

Ora bolas, Janaína e arautos da mídia marrom: 3, foram os emails que vocês receberam. Mas eu garanto que são muito e muito mais os que, dentre nós, torceram pela Colômbia, isto é, pelo Ferreira. Ele saiu, desliguei a TV.

Mas por qual motivo? Existem vários e o principal deles é a identificação que nós temos com a qualidade e o profissionalismo do jogador de futebol Davi Ferreira. Ele é nosso ídolo. E olha que nós somos suficientemente críticos o bastante para receber e definir alguém como ídolo: Ferreira é unanimidade. Isto é ponto pacífico.

O que pode se discutir é outra coisa: este “time” deste “técnico” fabricado pela CBF, codinome de anão. Para mim, companheiros, não passa de um reles time. Um time como outro qualquer. Como o Irati, ASA de Arapiraca, Capão Razo, Brasil de Pelotas, Paraná, Coxa, Catuense e por aí vai. É apenas um time,que pode por isso mesmo ter alguns simpatizantes. O problema é que por trás dele, vai o rótulo de “seleção brasileira”.

Isto eu discuto e muito. Aliás, há anos que não torço por esta verdadeira “legião estrangeira de mercenários”, esta é que é a verdade. Como exceção à regra, a última vez foi a do Kleberson. A penúltima foi a Copa da Espanha (1982, eu presumo?).

Para começar, existe apenas um critério para as convocações (entendo eu): será convocado aquele que jogar no exterior c/c repassar determinado percentual para a cúpula(Confederação) em suas próximas transações no mercado da bola, posto que a “seleção” é uma vitrine, então há de se fazer jus ao investimento (convocação).

Só pode. Não há outra explicação. Pergunto a vocês: o que o “herói” da 2ª divisão palmeirense fez pelo futebol brasileiro para merecer ser convocado? Será o sobrenome pacificador ou suas tranças coloridas que o levaram ao pódio? O que ele tem de melhor que o Coração Valente? O goleiro de hoje, alguém ainda não sabe que ele é parente do Zagalo? E a dupla de zaga de fazendeiros? Os laterais tem algo melhor do que Jancarlos e Michel? Quando Mineiro e Josué irão reconhecer que são apenas jogadores de Clube e não de Seleção? Júlio Baptista, excelente jogador, de Rugby. E etc, etc, etc. Mais fácil é falar das exceções: R. Gaúcho, Kaká e Robinho (estes dois, dignos de banco de reserva), coitados: contaminados são pela má companhia e perdem seu futebol no meio deste bando de incompetentes quebradores de bola.

Mas eles não têm culpa, pois fazem parte do negócio, acordo, maracutaia, trambique e o canário a 4. Aceitam as condições e comparecem às convocações. Afinal eles também têm família, mulher, filhos, amigos e amantes para sustentar, bem como pensões alimentícias.

Mas isto, para mim, não é Brasil. Não é Seleção Brasileira: é Legião Estrangeira, repito e reputo! Não tenho qualquer tipo de identificação com eles, eles NÃO ME REPRESENTAM! Digo a todo mundo que conheço que só tenho um time na vida: o Clube Atlético Paranaense. Não torço pelo time do Dunga, como nunca torci pelos do Parreira nem do gagá Zagalo ou do Lazaroni, nem do Filipão com Roberto Carlos e Cafu. Porque aquilo e isto aí não é futebol, não é o verdadeiro futebol brasileiro.

Aí vem a mídia podre e enaltece estes caras (ao mesmo tempo que apaga os nossos caras). Vivem dizendo que os craques estão no exterior, formando opiniões dos menos avisados culturalmente, os coitados que até gostam de futebol, mas deixam-se levar pelas rédeas da informação tendenciosa, favorecedora e mantenedora deste atual “status quo” que caracetriza o cenário nacional do futebol neste páis: produto bom é o que é exportado, pura visão capitalista de mercado; não existem pessoas e sim mercadorias; quem fica não presta, é “mediano”.

Aquele gordo-em-chefe grisalho, perpetuado no poder, labutando em prol de seus próprios interesses e de sua corja de bernardos agregados. CBF me dá nojo, ânsia de vômito, porque conseguiram acabar com a qualidade e as características peculiares do nosso futebol: a leveza, o drible e os gols. Hoje só tem brucutus, aprendizes do estilo daquele boneco fabricado que hoje desfila camisas jacus pelos gramados, exalando arrogância e incapacidade. Sempre os mesmos. Acabaram com o futebol do Rio de Janeiro e agora estão acabando com o nacional. Operam com astúcia a manipulação de “árbitros” – cujos escândalos demorarão anos para virem à tona – favorecendo os times que eles dizem “grandes”, neste paradigma do tamanho, o qual funda-se num pensamento dos mais canalhas que alguém possa ter dentro de si como juízo de valor, até revelar-se numa cusparada da boca pra fora:

-“Ai, este é time grande. Aquele é time pequeno…” Como se tamanho fosse alguma medida de honestidade, de humildade, lealdade, capacidade. Essa história de clube grande/clube pequeno é pura falta de argumento, de quem não entende patavina de futebol, e usa isto para encobrir sua ignorância.

Afinal, “grande” no quê? Ou “o quê é pequeno”? O campo onde joga? O CT? O plantel de jogadores? A torcida? O patrimônio do clube? A sua infraestrutura? O seu quadro de associados ou funcionários? Não seria melhor mensuravelmente, o referencial da QUALIDADE de todos estes fatores acima? Não, “é o tamanho, a forma, a matéria”. Conteúdo, para quê? Quando NA VERDADE, o tamanho que vivem se referindo não vem disso: é o tamanho do DISCURSO da sua falácia verborrágica! Grande ou pequeno é o discurso, o conhecimento, o grau de cultura e a capacidade de quem profere palavras! Quanto maior o discurso, menores as virtudes (Sócrates versus sofistas).

Por que falam que o Náutico é pequeno? Ou o Paraná, o Joinville, o Remo: só porque não ganham títulos, porque a mídia não se favorece deles? Quem serão os torcedores destes clubes? Não são brasileiros como nós, não pagam impostos, não sofrem, não morrem, não torcem como todos nós? São estes eternos merecedores de revézes em prol do sucesso dos “grandes”? Por que os desrespeitam?

Está mais do que na hora de mudar este paradigma. Estes caras estão todos vendidos, todos têm seu preço. E quem é bobo acredita. É burro e torce. Torce por alguém que não está aqui, que não se identifica mais com o Brasil. Alguém que não arrisca dividir com medo de machucar a perninha, e tem que jogar dali a cinco dias no clube europeu. Nada contra quem quer ir embora. Só que vá e não volte.

E digo isso de cabeça erguida porque sei que NUNCA convocarão Washington, Jadson ou Fernandinho. Estes, não fazem parte do esquema. Também porque o futebol deles é muito melhor, até incomparável destes que mamam ultimamente nas tetas da seleção Branca de Neve.

Você aí: acorde e faça sua opção. Seja Atleticano de verdade, não se venda para a mídia. Não compre pacotes televisivos: vá ao estádio, faça sua parte torcendo tipo “só eu sei, porque eu não fico em casa”. Acredite no Atlético, no Petraglia, que com muito suor iremos ultrapassar TUDO isto, desde o juiz do jogo contra o Inter lá até a quadrilha vitalícia da CBF, principalmente a mídia esportiva nacional.

-“Coitado do Tcheco, foi um acidente, totalmente sem intenção. Ele em momento algum queria fraturar a face do Alex…” > LUTEM contra isto, meus caros rubro-negros, não torçam por esta vergonha amarela. Vistam a camisa do Atlético, torçam pela Colômbia, pelo Viáfara e o Valência, pelo Alex Mineiro, ou seja, por alguém que tem sangue vermelho. Vamos no campo, gritar contra estes pulhas, empurrar o time para a frente, com leveza, dribles e gols.

Haveremos de recuperar nosso Clube. O que existe de patrimônio hoje, foi construído com muito dinheiro, mas principalmente com amor. Não pense que foi à toa. Grande, é o amor dos Atleticanos pelo Atlético. O resto, é consequência disto.

Só quero estar vivo até o primeiro jogo após a Arena concluída. Depois disso posso morrer. Mas se eu morrer, continuarei Atleticano. Até depois da morte > Fanáticos: mudem o lema para “ATÉ DEPOIS DA MORTE”.

Tcheco: teu caso representa a total calhordice da justiça desportiva nacional, aliada da CBF. Se o Mando Baterlhes tiver vergonha na cara, você fica em POA. Você e teu amiguinho Gavilan: os genuínos representantes da “força do futebol” gaúcho, isto é, da COVARDIA DO ANTI-JOGO.

Tcheco, você ainda não viu nada…nós vimos o que você fez ontem.



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