21 out 2007 - 22h47

"Time não foi brilhante, mas competente", diz Ney

O próprio comandante admitiu. Contra o já rebaixado América-RN, o Rubro-Negro não foi brilhante, mas se mostrou competente para sair vencedor pelo placar de 2 a 0, melhorando sua situação na tabela do Campeonato Brasileiro. Faltando seis rodadas para o término da competição, o Atlético se afastou ainda mais da zona de rebaixamento e está numa posição confortável na tabela, brigando por uma vaga na Copa Sul-Americana.

Nas palavras do comandante Ney Franco, a equipe teve dificuldades para driblar a marcação adversária, que tentou de todas as formas neutralizar as jogadas do Furacão. Na opinião do treinador, o time precisa fazer a sua parte pra almejar melhores objetivos na competição. “Precisamos ganhar os outros jogos para conseguir a vaga para a Sul-Americana. Se houver tropeço daquelas equipes que estão lá em cima, podemos até lutar por uma vaga na Libertadores”, comentou.

Por fim, Ney também falou sobre o desempenho do jogador Taílson, que entrou nos minutos finais de partida, e defendeu o atacante Marcelo Ramos, bastante criticado pelos profissionais da imprensa esportiva durante a partida deste domingo. Confira abaixo os principais comentários do treinador rubro-negro:

O JOGO
“Pegamos uma equipe que vem jogando no 3-6-1 e eles bateram lateral com lateral o tempo todo. Empurramos a equipe deles para o ataque para os laterais saírem para o jogo. O Danilo jogou em alguns momentos pelo lado esquerdo e depois eles neutralizaram essa jogada. Daí ficou um jogo difícil, porque foi complicado entrar pelo meio, ficou tudo congestionado. Tivemos uma certa dificuldade em entrar na defesa adversária, mas fomos felizes em fazer o gol no primeiro tempo, não podíamos perder essa chance de conquistar três pontos. O que interessava para a gente hoje era chegar nos 45 pontos”.

O TIME
“Avalio que a equipe jogou bem e em alguns momentos eles tentaram neutralizar as nossas jogadas. Ganhando por 1 a 0 a gente não podia abrir mão dos três pontos. Em alguns momentos deixarmos eles saírem jogar para depois sairmos no contra-ataque. Optamos por dar liberdade a eles para explorarmos esse tipo de jogada. Em uma dessas jogadas saiu o escanteio e o nosso segundo gol”.

DESEMPENHO E METAS
“É a nossa sexta vitória dentro da Arena e o quarto jogo onde não levamos gol. Aos poucos estamos corrigindo alguns erros. Hoje, além do resultado positivo, teve o fato de que as equipes que estão abaixo de nós não ganharam. O Corinthians perdeu e, com a nossa vitória, abrimos sete pontos da última equipe que cai. Então agora podemos traçar outra meta para esse grupo. Se o campeonato terminasse hoje, estaríamos na Sul-Americana. Mas precisamos ganhar os outros jogos para, no mínimo, conseguir essa vaga. Claro que se houver tropeço daquelas equipes que estão lá em cima, em duas ou três rodadas podemos até lutar por uma outra vaga. Se fizemos o nosso papel e acontecer esses tropeços, podemos até lutar por uma vaga na Libertadores”.

ADVERSÁRIO
“O jogo foi perigoso porque quando você vem para uma partida onde todo mundo coloca a vitória muito certa cria-se uma expectativa de goleada, e a gente sabe que no Brasileiro não é assim. Nos últimos jogos do Améric,a todos as equipe tiveram dificuldades para marcar ponto. O Internacional ganhou deles (América-RN) por 2 a 0 com dificuldades e o Palmeiras empatou com eles, então eles estão com uma proposta agora em jogar atrás e esperar o contra-ataque. Hoje eles conseguiram neutralizar a nossa equipe, que pode não ter sido brilhante, mas foi competente. Há sete, oito rodadas, estávamos numa situação complicada e esses três pontos nos colocam numa situação mais confortável. Me parece que hoje vamos terminar em 9º ou 10 colocado, então para uma equipe que estava em 17º, estamos conquistando nosso objetivo, que só termina depois do jogo contra o São Paulo”.

TAÍLSON
“O Taílson é um jogador que se apresentou ao grupo abaixo na parte física e isso tem um aspecto na parte técnica que prejudica. Mas ele trabalhou, se propôs a trabalhar bem e ficou bem fisicamente. Ele tem treinado bem nos coletivos. No último que realizamos, ele jogou 10 minutos na equipe principal, treinou bem e hoje achamos ideal convocá-lo. Trouxemos o jogador para o jogo e, faltando 12 minutos para acabar, a gente colocou-o em campo para estrear, com a expectativa de jogar bem. Ele quase fez um gol, o zagueiro deles tirou a bola de dentro do gol, então ele é uma boa opção para a reta final do Brasileiro”.

MARCELO RAMOS
“Vocês (imprensa) avaliam o atacante que fazem gols. Quando ele não estava na equipe a gente estava com esse problema de definir o nosso ataque. Ele chegou e resolveu esse problema. Então eu tenho uma visão diferente dele. Ele tem um histórico onde em qualquer jogo os adversários se preocupam em marcá-lo. Ele segura a bola para os meias e laterais chegarem e está fazendo bem o papel dele. A gente sabe que o atacante só é avaliado em função dos gols. Precisamos avaliar o geral da equipe, que agora sim tem um padrão de jogo. Em quatro jogos não tomamos gol e estamos fazendo gol em todas as partidas. E o Marcelo está contribuindo muito para isso”.



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