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3 nov 2007 - 11h58

Aversão aos tricolores e rivalidades

1996

Após uma campanha quase perfeita na segunda divisão do campeonato brasileiro da série B no ano anterior (só não foi perfeita porque entregou um jogo para os ervilhas no quadrangular final), o Atlético de Paulo Rink e Oséias fazia uma campanha igualmente sensacional na primeira divisão; grandes confrontos, grandes vitórias. Muitos anos depois, a nossa torcida estava se sentindo como em 1983, ou seja, como um dos favoritos à conquista do título e que só perderia por um acidente de percurso, como foi aquele terceiro gol do flamengo de Zico e companhia no maracanã, um pênalti que até hoje eu acho que não foi.

Mas voltando a 1996, veio o fatídico jogo contra o fluminense nas laranjeiras. Quem não se lembra daquela partida onde o nosso goleiro, nosso ídolo Ricardo Pinto, foi atacado por torcedores tricolores que estavam vendo seu time perder em casa para o até então “surpreendente” time de Curitiba. Depois daquele jogo, nosso time perdeu a confiança e sucumbiu diante do galo mineiro. Creio que a partir de então, estava decretado o início da primeira grande rivalidade fora do estado – o “pó-de-arroz” tricolor carioca.

2005

A caminhada do Atlético na Libertadores 2005 pode-se dizer que foi empolgante e surpreendente. Após uma primeira fase onde se classificou com muita sorte, o time foi eliminando grandes e tradicionais clubes do continente até chegar à grande final. Apesar de vencido várias decisões estilo mata-mata contra o tricolor paulista, o Atlético, por vários motivos, entre eles o medo que o são paulo teve de vir jogar na Arena, acabou tendo que mandar seu jogo no Beira-Rio e o resto da história todo mundo já sabe…

Após o término do torneio, o Aloísio acabou sendo emprestado para o próprio são paulo, o que depois virou uma disputa judicial entre as equipes. Mais tarde, uma nova confusão jurídica envolveria os dois clubes, a saída de “Dago-bambi-berto”.
Surge aí, a segunda grande rivalidade do Atlético – com a equipe mais sem ética do futebol brasileiro – os tricolores bambis do morumbi.

2007

1ª parte – Em 28 de julho o Atlético vivia um mau momento no brasileiro. Até esse dia, tinha 17 pontos e vinha com derrotas em casa contra o santos e goiás e empates contra o fluminense, náutico e cruzeiro. Vadão havia sido demitido havia pouco mais de um mês e Lopes, diferente das outras vezes que esteve por aqui, também não havia emplacado. O jogo contra o segundo time do Rio Grande do Sul foi uma verdadeira batalha campal. O descontrolado time gaúcho saiu distribuindo pontapés para todos os lados e contou com a conivência do tendencioso árbitro catarinense Godoy Bezerra, para praticamente tirar do brasileiro o ídolo Alex Mineiro e o garoto Evandro. O time, que teve ainda Clayton expulso injustamente, conseguiu arrancar um heróico empate na partida que ficou conhecida como “A Batalha do Olímpico”.
Nasce aí a terceira grande rivalidade do Furacão contra outro tricolor, o “grêmio de pontapé porto-alegrense”. Um clube que outro dia andou participando da segunda divisão e que vê a sua força e tradição sendo ultrapassada por outra equipe do sul do país.

2ª parte – Em 31 de outubro a realidade é bem outra. À véspera do jogo contra a equipe gremista, o rubro-negro paranaense conta com um técnico inteligente e moderno, que não tem medo de colocar o time pra frente. Suas substituições costumam dar bons resultados. Bem antes da partida, a diretoria gaúcha, com a consciência extremamente pesada, tenta colocar pressão no jogo visando provocar o time rubro-negro para que fosse “premeditadamente” violento e instigasse a própria torcida paranaense para que atirasse objetos no gramado ou fosse agressiva contra a torcida do grêmio. Só que o tiro saiu pela culatra. O jogo foi um verdadeiro show do furacão, com direito a uma jogada de um minuto de gritos de olé, terminando em gol. Para o grêmio foi uma vergonha. Levou um baile de bola e quis partir pra briga covardemente logo após o apito final e um pouco depois, já nos vestiários.

Devido ao nível que o clube chegou, daqui pra frente, essas rivalidades só tendem a aumentar. Atualmente, jogos do furacão estão no rol dos clássicos do futebol brasileiro: Atlético x São Paulo, Atlético x Corinthians, Atlético x Santos, Atlético x Fluminense, Atlético x Grêmio, Atlético x Vasco, Atlético x Flamengo. Da mesma forma, o clube já tem um histórico internacional. Chivas Guadalajara, América de Cali, Cerro Porteño, Nacional de Montevidéu, River Plate e outros clubes tradicionais sul americanos também já sentiram a força do Furacão das Américas e brevemente serão grandes rivais.

Talvez tenha faltado falar dos nossos antigos ex-rivais aqui do estado, mas deles falar o quê…, do verdinho, o que eu sinto é pena e do time das camisas multicoloridas eu sinto dó.



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