Fim de feira
No início deste ano, decidi ser sócio do Furacão. Os principais motivos para me tornar sócio foram: sempre fui pacoteiro, acabaria indo em todos os jogos e sem dúvida alguma a comodidade. Não precisar se preocupar em enfrentar filas e ter seu ingresso sempre na mão, facilitado ainda mais com o uso do smart card, é sem dúvida um excelente diferencial. Porém, não imaginava que os não-sócios sofressem com tanta falta de organização, educação e informação.
Como tinha a manhã de sábado livre, eu me comprometi a comprar um ingresso para uma amiga ir ao jogo contra o São Paulo. Poderia ter feito a compra na quinta-feira, dia destinado aos sócios comprarem ingressos antecipadamente, mas não sabia ainda que esta minha amiga gostaria de ir ao jogo. Cheguei exatamente às 10 horas em frente à Baixada e já havia uma fila considerável, maior do que eu esperava. Não me preocupei com isso, pois como atleticano, quero é que o Caldeirão encha mesmo amanhã! A fila andou relativamente rápido. Os problemas aconteceram a poucos metros das bilheterias. Perguntei ao segurança que controlava o acesso dos torcedores aos guichês se todos vendiam ingressos para todos os setores. Ele me informou que sim, mas havia ingressos disponíveis apenas para Madre Maria e Buenos Aires. Perguntei se ele tinha certeza que não havia mais para Getúlio Vargas inferior, onde eu deseja comprar, e ele foi convicto: Não!. Enquanto ele não liberava o meu acesso, pensei em ir embora, já que não me interessava comprar em um outro setor. Mas resolvi perguntar para o vendedor da bilheteria, para ter certeza. Dirigi-me a um guichê que havia um torcedor esperando ser atendido. No guichê, aberto como os outros e com a placa do nome do da funcionária (Eliane) e sem nenhuma indicação de estar fechado, ninguém aparecia. Até que algum tempo depois uma funcionária aparece na porta, tomando café, e com uma falta de educação absurda e sem propósito, pergunta secamente ao rapaz se ele não está vendo que não tem ninguém ali e que aquela bilheteria está fechada.
Fui para outro guichê. Pergunto para a funcionária se ainda há ingressos para a Getúlio Vargas inferior e ela prontamente me responde que sim. Informo para ela que o segurança está informando os torcedores que não há mais vagas para GV inferior. E se eu tivesse ido embora quando o segurança me passou esta informação? Em poucos metros, infelizes mostras enormes de falta de organização, respeito e informação.
Não posso dizer que se estes erros acontecem em todos os jogos, pois foi a primeira vez em muito tempo que precisei pegar fila. Este fato pode ser que tenha acontecido porque funcionários como aquela se dirigiu a nós de forma totalmente desrespeitosa esteja cansada por um ano inteiro de bilheteria, trabalhando aos sábados e domingos. Espero que não seja este o motivo. Mas tenho certeza de uma coisa: a melhor forma de conseguir mais sócios para o ano que vem não é desrespeitando os torcedores que precisam enfrentar filas para comprar o ingresso.