10 fev 2008 - 18h03

Na última volta do ponteiro

O Atlético derrotou o Londrina por 1 a 0 em jogo realizado na tarde deste domingo, para um público de dez mil pessoas na Kyocera Arena. Foi a décima vitória consecutiva da equipe, que agora está a uma partida de igualar o recorde do Furacão de 49, o melhor time da história do futebol paranaense. Com 30 pontos ganhos, o Rubro-Negro garantiu matematicamente a classificação para a segunda fase do Campeonato Paranaense – são 13 pontos de vantagem para o segundo colocado, o Iraty. O Furacão 2008 tem o melhor ataque (25 gols), a melhor defesa (quatro gols sofridos) e o artilheiro da competição (Marcelo Ramos, com nove gols).

A campanha perfeita do time de Ney Franco chegou a estar ameaçada, mas a luta, a raça e a qualidade dos jogadores foram fatores decisivos para a conquista de mais uma vitória. Sofrida, é verdade, mas muito merecida. Afinal, o Atlético jogou bem, foi superior ao adversário e criou muitas chances de gol. Só não havia conseguido marcar antes em função da boa jornada do goleiro do Londrina, da péssima arbitragem e por essas contigências naturais ao futebol. Por isso, o gol de Marcelo Ramos aos 47 minutos do segundo tempo não representou apenas um alívio para a nação rubro-negra, como também fez justiça ao desempenho de todos os jogadores.

Bem armado por Jorge Saran, ex-técnico das categorias de base do Corinthians, o Londrina exerceu uma forte marcação nos principais jogadores do Atlético e foi o time que mais exigiu de Vinicius neste início de temporada. O jovem goleiro se saiu bem, tendo praticado várias defesas importantes para constituir a vitória que viria na última volta do relógio.

Nos primeiros minutos, o árbitro Adriano Milczvski cometeu erros que prejudicaram gravemente o Atlético. Aos 15 minutos, o zagueiro Senegal falhou no tempo da bola e derrubou Marcelo Ramos quando o atacante ficaria cara a cara com o goleiro Marcos. "Realmente o zagueiro do Londrina me empurrou, me desequilibrou e eu caí. Não teria porque me jogar naquele lance porque iria em direção ao gol", explicou Marcelo, que esbravejou com o árbitro, que estava muito distante do lance. Menos de dez minutos depois, Rafael Tavares cortou um cruzamento com a mão, mas o pênalti não foi marcado.

Depois desse lance, o Atlético cresceu no jogo e pressionou o Londrina nos minutos finais da primeira etapa. Aos 28, Rhodolfo fez linda jogada pela esquerda e cruzou para Marcelo Ramos. Ele cabeceou forte, mas o goleiro Marcos fez grande defesa. Aos 41, Marcelo lançou Willian, que invadiu a área, mas chutou muito fraco ao tentar deslocar o goleiro.

Prêmio para a persistência

Na etapa final, o Atlético martelou, martelou e martelou até conseguir marcar o gol da vitória. A equipe se mandou para o ataque e ficou exposta. O Londrina criou algumas oportunidades e quase marcou em contra-ataques. Foi assim com Nem, aos 12 (defesa de Vinicius) e com Danielzinho, aos 27 (para fora). Aos 30, Ney Franco sacou Willian e colocou Rodrigão, na única substituição atleticana. Com dois centroavantes típicos, o Rubro-Negro passou a investir nas bolas alçadas na área.

Foi nesse tipo de jogada que Rodrigão teve duas chances para marcar, aos 42 e aos 44 minutos. Mas em ambas a cabeçada não foi precisa. O Atlético continuava insistindo e acreditando na vitória. Jogadores como Claiton, Alan Bahia, Antonio Carlos e Danilo se mostraram incansáveis, buscando sempre levar o time para o campo ofensivo.

Esta equipe e a torcida atleticana foram recompensados aos 47 minutos do segundo tempo. Claiton carregou a bola pela ponta-direita e cruzou de três dedos para a área. Marcelo Ramos, quase caído, esticou o pé e estufou a rede do Londrina. A Kyocera Arena veio abaixo, na explosão de alegria da torcida atleticana. "Explode coração / Na maior felicidade / É lindo o rubro-negro / Contagiando e sacudindo essa cidade!"

Na saída de bola, o Londrina ainda teve uma chance para empatar em uma falta, mas o apito final soou após a cobrança errada. Fim de jogo e mais uma vitória atleticana. Agora, o time está a apenas um jogo de igualar a marca de onze vitórias consecutivas alcançada pelo Atlético no Campeonato Paranaense de 1949.

%ficha=615%



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…