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26 fev 2008 - 15h05

Mais do mesmo

Realmente tínhamos motivos de sobra pra comemorar. Um pacote torcedor com um preço razoavelmente bom, adesão em massa da torcida, um time forte, competitivo, com brio, raça e alguns jogadores com qualidade acima da média, pra fazer a diferença.

O pacote torcedor explodiu (particularmente não engoli isso até hoje). E o time, que começou passando por cima de tudo, começou a ser desmontado.

Aquela velha história: “tava bom demais pra ser verdade”. Técnico de qualidade mantido, elenco bom, craques e seriedade. Nada de time B ou poupar jogadores.

O que acontece com esse clube? Gostaria muito de ouvir alguém da diretoria me dizer com todas as letras e sinceridade estampada na cara que “NÃO HAVIA COMO SEGURAR”. Pelo menos pra nos fazer acreditar que não foi “mais um bom negócio imperdível” dessa empresa-clube.

Sem dúvida a Lei Pelé acabou com os clubes de futebol no Brasil, e há muito passou da hora de ser revista, pra acabar com esse êxodo absurdo e com essa figura nefasta de empresário de futebol. Todavia, sem meter a mão no bolso, sem gastar vai ficar bem difícil ganhar um campeonato descente. Não são poucos os exemplos que conheço de gente que empenhou a mãe pra fazer uma faculdade, gastou mais do que tinha pra fazer a pequena empresa crescer, arriscou um pouco pra ter a chance de realmente vencer. Acho que a direção do clube se acomodou com o patrimônio e esqueceu que é preciso títulos pra que se retome o caminho que almejamos.

Ano passado o Fluminense foi campeão de uma copa do Brasil cretinamente fraca. O São Paulo foi campeão do Brasileiro por disputar com times de baixa qualidade. E nós fazemos parte desse mar de medianos.

Dá pra entender a saída do Ferreira. Até o mais apaixonado torcedor compreende que um craque como ele já estava há bastante tempo conosco. Contudo, o Clayton mal chegou. Além do que foi responsável pela nova cara desse escrete atleticano. Mais pelo comando e raça em campo, que por qualidade. É lógico que o Ney tem tudo a ver com isso, também. Mas o Ney não joga, além do que, já fez milagre com alguns jogadores. E sem querer ofender, mas, a braçadeira? Vai voltar pro apático Danilo?

Quanto aos atletas da base, temos, sim, muita gente boa aí. O Netinho tem sido fundamental, Vinícius tem demonstrado muita qualidade, Rhodolfo (seu futebol fala por si só), Willian tem qualidade e muito a crescer, Pedro Oldoni, ainda que tecnicamente deixe a desejar, é goleador, tem estrela e acima de tudo inúmeras vezes demonstrou amor ao clube que defende. Entretanto, não são raras as vaias que a torcida direciona a essa moçada que é de casa e que merece, no mínimo, respeito, porque diferente dos aventureiros que vêm pra cá por dinheiro, demonstram intimidade com as cores que defendem. Da mesma forma que o Pedro Oldoni é perseguido pela torcida, não fosse pelo Ney Franco, Netinho teria sido também queimado, por aqui. Ainda que sejam bons os meninos, experiência e liderança é fundamental, e estamos abrimos mão dela com a saída de Clayton.

Acho que começamos a perder bem mais que jogadores titulares. Começamos a perder a cara que demoramos demasiadamente pra reconstituir. A cara do Furacão. Eu estava apostando na copa do Brasil, mas já comecei a duvidar que somos capazes de ganhar o paranaense.

Entendo perfeitamente que lá fora paguem bem mais pelos jogadores, e que é praticamente impossível querer competir com eles, todavia, a impressão que fica, é que seremos eternamente prateleiras pros outros. Não conseguimos sequer segurar um time pra disputar o campeonato estadual, quanto mais o “já-ficando-idoso” sonho de mais um campeonato nacional.

Acho que nosso barco começou a fazer água, sem querer ser pessimista e fazer terra arrasada. Mas tínhamos tudo pra ganharmos alguma coisa, entretanto, já to começando a achar que vamos ficar naquele velho “nadar, nadar e morrer na praia”.



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