Acredito que nenhum de nós tenha ficado satisfeito com um empate sem gols diante de um time tecnicamente inferior, desfalcado e que somente entrou em campo para cumprir tabela.

Também não entendi a ausência de Pedro Oldoni no time titular e penso que nosso jovem goleador deveria ter ficado, ao menos, no banco de reservas (no MEU time ele é dono da camisa 9).

Teríamos jogado visando ao segundo lugar da chave para evitar um Atle-tiba? Tomara que não.

Isso vem de encontro ao tema que quero abordar desta vez: a obrigação de vencer.

Anos atrás, assisti a uma entrevista de Juninho Pernambucano, que narrava a verdadeira revolução no Lyon após sua chegada.

O time simplesmente ganhou todos os campeonatos franceses até hoje (o desta temporada será o sétimo seguido).

Juninho atribuiu o sucesso do time a uma nova filosofia de trabalho implantada logo que ele chegou e que consiste na obrigatoriedade de vencer todos os jogos. Em casa ou fora, independentemente da classificação do campeonato, os jogadores não admitiam outro resultado que não os três pontos.

Pois bem, a partir do próximo sábado até 07 de dezembro de 2008, quando se encerra o Campeonato Brasileiro, o Furacão precisa adotar essa filosofia se desejar levantar algum caneco.

Acho que ganharemos o campeonato paranaense com relativa tranqüilidade, posto que se não levarmos mais nenhum gol, seremos campeões. Temos uma ótima defesa e o time está mais veloz desde a entrada de Gabriel, o que facilita os contra-ataques.

Mas minha preocupação maior é o Brasileirão. Qualquer time que aspire, no mínimo, a uma vaga na Libertadores/2009 deverá tentar 100% de aproveitamento em casa e ganhar jogos fora. Mas isso é óbvio, Conrado, alguns dirão.

Nem tanto, digo eu. No jogo Inter-RS x CAP pelo Brasileirão de 2006, sentei-me ao lado da mãe e da namorada de um jogador nosso (horrível) e elas me disseram que, na preleção, Vadão cobrou do time apenas que não perdesse de mais de 2 x 0. E foi este o resultado do jogo!!!!

Felizmente Vadão se foi e Ney Franco vem mostrando serviço.

Além disso, se chegarmos aos vinte mil sócios, teremos o caldeirão sempre fervendo e ficará mais fácil fazer o dever de casa.

E com Rogerinho, Wallyson, Gustavo (zagueiro titular do MEU time), Léo Medeiros, Zé Antonio e Pedro Oldoni brigando com os titulares por uma vaga no time, haverá a famosa disputa saudável que naturalmente eleva a qualidade da equipe.

Não sei porque, mas estou achando que esse ano será bom e 2009 melhor ainda.

Saudações rubro-negras.

PS. Que campanha boba a lançada pelo colunista Ricardo Campelo. Ninguém é menos atleticano por usar uma peça de roupa verde. Agora só falta exigir a retirada do verde da bandeira do Brasil, a devolução do dinheiro do patrocínio da HDI, o corte de todas as árvores ao redor da ARENA…