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21 maio 2008 - 0h24

Tragédias de 2008

No início do ano usei este espaço do furacao.com para manifestar a minha alegria em ver o Atlético começando uma temporada de forma diferente. Havia uma base, mantida da temporada de 2007, e um técnico competente. Parecia que tudo estava encaixado em seu devido lugar e que só teríamos alegrias em 2008.

Começou o Campeonato Paranaense e o que eu e tantos atleticanos imaginávamos estava se concretizando. A mística do Furacão crescia jogo a jogo, até que o recorde de vitórias no certame estadual foi alcançado e superado. O Atlético arrasava os adversários e caminhava a passos largos para um título ganho “na véspera”.

Porém, veio a Copa do Brasil e já na primeira partida, diante de um desconhecido e inexpressivo – no sentido da tradição futebolística – Corinthians Alagoano o encanto se desfez. Dois empates em 1 a 1 e a eliminação nos pênaltis. Ruiu, desabou, espatifou-se uma esperança.

Não, não foi acidente. O insucesso na competição que representa o caminho mais curto para a Copa Libertadores da América foi mesmo uma tragédia anunciada. Os dirigentes de futebol do rubro-negro já haviam emitido todos os sinais de que 2008 não seria “o ano”. Primeiro, abriram mão do futebol encantado do baixinho Ferreira para tentar entrosar na equipe o futebol mediano do Irênio. Segundo, e mais grave, deixaram escapar o Claiton no momento em que ele representava a alma do time. Aí, apesar de alguns ainda vestirem a camisa rubro-negra como amor, o Atlético voltou a ser normal, nivelado aos outros que nada têm de brilho para diferenciá-los. É imperdoável o que fizeram com as expectativas do torcedor!

O Atlético seria campeão paranaense, fácil, fácil! Não foi. Depois da arrancada fulminante, o time caiu de produção quando perdeu duas peças de fundamental importância. O dinheiro falou mais alto e o projeto de ganhar o título foi adiado, ou redirecionado, conforme gostam os dirigentes. Arrisco dizer que de forma consciente pela diretoria, pois ninguém, especialmente quem vive o dia a dia do futebol, ignora o fato de que a montagem de uma boa base não se dá de uma hora para outra. E quando se tem um elenco mediano, então, a situação é ainda mais complicada. Sem base, o time capengou pra chegar à decisão do estadual e, no fim, entregou (apesar de não terem deixado entregar) a taça para a turma verde. O segundo capítulo da tragédia anunciada se cumpriu!

Estamos agora encarando o Campeonato Brasileiro e todos os seus horrores. O time limitado e previsível que não conseguiu superar o Corinthians Alagoano e nem ser campeão paranaenses terá pouquíssimas chances diante de rivais bem mais afamados e estruturados. Sinto calafrios só em pensar! Ganhou do fraquíssimo Ipatinga, que vai ser o saco de pancadas da competição, e depois penou para empatar com os quase juvenis do Morumbi, desfazendo já na largada o projeto dos 100% de aproveitamento na Arena. Pode parecer heresia, mas não vejo nem sinais de bons motivos para comemorarmos qualquer coisa nos próximos meses.

Que “surpresas” a diretoria poderá proporcionar agora, quando os fanáticos atleticanos estão juntando os caquinhos para tentar recompor a esperança? Imagino que a dispensa de Ney Franco é o início do enredo que já se desenvolveu em anos anteriores. Agora, vão arranjar uma solução mais barata para o comando do time e trazem alguns “reforços”. No Brasileiro é que estaremos assistindo à quarta parte da trágica saga que teve início em 2005: “Segura pra não cair!”. Que não seja a terceira parte da tragédia anunciada do ano e que ao menos a permanência na elite do futebol brasileiro se confirme. Mais arrepios!

Por favor, senhores diretores, permitam que eu esteja errado! Atlético, por que sofrer tanto?



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