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27 jul 2008 - 17h53

Que coisa pobre!

O sábio comentarista pernambucano foi coerente, quando a certa altura do jogo, relembrou um Atlético de outros tempos e ressaltou a pobreza de criação do nosso time, que fazia apenas dar chutões, se defendia e nada criava.

O Sport não era maravilhoso, mas tentou durante o jogo inteiro ganhar a partida, enquanto nós, tínhamos por objetivo ‘ não perder ‘. Esse era o plano de jogo. E, novamente me desiludi, vendo tanta coisa errada, tanta coisa pobre, um bando de jogadores sem alma e paixão, apenas querendo ver o tempo passar.

Novamente a figura do jogo foi Galatto, que só não evitou aquilo que era inevitável, um golzinho deles, suficiente para nossa derrota e vendo o placar do jogo do Gremio, não queria eu estar na pele do Figieira, justo nosso próximo adversário.

E, agora vem os comentários: a) Bob Fernandes é o cara, ajudem-no e b) Precisamos lotar a Arena, pois o jogo de domingo é de vital importância. Ora, todos os jogos vâo ser para que evitemos o pior.

Por mais otimista que se possa ser, contra o Vanco conseguimos evitar, nós não, o Galatto mais pontos perdidos e achavámos que tudo iria seguir outro rumo, uma nova era, enfim iríamos começar a jogar.

Mas, nada disso. Fomos apáticos, sem brilho, emoção, garra, raça e coloquem aí todos os adjetivos que possam vir a cabeça e se ontem não foi a pior apresentação do clube, vimos o que é a realidade do ‘ Ventania ‘.

Algumas perguntas são inevitáveis, para qualquer pessoa que entenda de futebol: a) Douglas Maia foi inventado como ala ; b)Chico foi inventado como terceiro zagueiro ( embora até não tenha ido mal ) se limita a dar passes curtos e se livra da bola, no resto à exemplo de Danilo é chutão pra todo o lado e tira a bola da área ; c) Márcio Azevedo tem vontade e só isso, pois não ganha uma jogada do seu lado ( e antes que digam que foi bem contra o Vasco, também foi ele ou pelo lado dele que saiu o gol do Vasco e o penalti que poderia ter mudado o rumo da partida ); d) Júlio dos Santos, que ainda não sei se é defensor, armador, criador, pois não rende nada, apenas passes laterais e na maioria das vezes errados, lento, sem vontade… enfim não sei a que veio ( uma bola na trave e só isso e nem os deuses do futebol conseguem que a bola dele entre ) ; e) um ataque isolado com Joãozinho que faz o que pode, pois a bola vem pelo alto em chutões e aí não há jeito de jogar, como aliás acontecia com o Marcelo Ramos, que foi criticado, dispensado e hoje vemos claramente que nunca teve culpa nesse enfadonho, pobre e triste time do atlético.

Queríamos empatar, apenas isso, pois mesmo depois do gol, nosso técnico não mexeu no time e ficamos por longo tempo, tocando a bola, quando conseguíamos e a falta de inspiração e vontade deu nos nervos, tamanha a incapcidade de se criar, de se aventurar, de dar vida ao jogo e nosso grande ídolo Ferreira, o que é isso, não voltou das Arábias e mostra seu total descontentamento em jogar, acho que fora de posição e de forma é um arremedo do passado.

E, depois dos 25 minutos, sem que nada acontecesse, ahhh, uma bola na trave, o BOB trocou todo mundo, numa ciranda maluca, sem nexo. Sairam Douglas Maia e Marcelo Azevedo ( os alas ) e no final o apagado Julio dos Santos, para entrarem Anderson Aquino, William e Pedro Oldoni e o que viu foi um festival tático de horrores. O Ferreira virou ala, não se tinham armadores, o Chico não era nem zagueiro, nem lateral, e o resto do time não se entendia, bastando ver que num simples lateral a ser batido, não apareciam jogadores e verifica-se o nervosismo dos jogadores entre si, pela absoluta falta de vontade para se deslocarem, tentarem o jogo, movimentação afinal.

Técnico não ganha jogo, mas perde com certeza e o nosso, sempre com cara feia, com comentários distantes da realidade ainda insistia que fomos nós que tivemos a bola do jogo no primeiro tempo, num chute despretencioso do Joãozinho.

Como já relatei, fazem anos que vemos nosso Atlético jogar, eu através sempre do PPV, e nunca vi algo tão sonolento, triste, pobre ( e o comentarista pernambucano, bem realista e sem ser parcial, bem relatou a passividade do furacão em tentar algo no jogo ).

E, os passes errados continuam, os cruzamentos não existem e quando acontecem não dão em nada, a jogadinha ‘ ensaiada ‘ nos escanteios de Ferreira e Márcio Azevedo é uma piada grotesca. E as ligações diretas da defesa pro ataque, sem qualquer objetividade. Um time de várzea, sem plano tático, técnico e novamente físico, pois fomos acuados pelo Sport durante os noventa minutos.

Me xinguem, mandem e-mails me criticando, mas enxerguem atleticanos pelo amor de deus, que é sofrível ver esse time jogar. São quatro rubro-negros na primeirona e de longe, mas de longe somos o pior deles. A nossa torcida e a minha em particular é de quem está atrás na tabela, não ganhe ( Ipatinga, Santos, Fluminense, CAM e Goiás, este último já saindo do sufoco ).

Queria poder escrever horas e linhas para demonstrar minha irritação, meu descontentamento, minha perca de sono após o jogo, mas falar mais do que e o que pode ser feito. Osso ou filé ( esse que nem sei quando vai ser ingerido e digerido por nós ) só sei de uma coisa: a) Kelly tem que jogar e rápido e He-Man e Julio Cesar voltarem ao time e o risco da segundona vem chegando de forma assustadora. E voce Bob, pense em voltar de onde veio, pois não está contribuindo em nada, à medida que treina um time que não joga absolutamente nada, não encanta ninguém e está longe de ser a maravilha que alguns ainda tentar fantasiar.

Depois de ontem, senti como a alguns anos é duro ser atleticano, torcer pra não cair, para ganhar um título estadual, seguir na Copa do Brasil ou Sulamericana, mas não será dessa vez e vamos ver o que o mega-publicitário Juliano Ribas vai escrever no sítio totalitário oficial a favor disso ou daquilo.

E ontem não teve árbitro a prejudicar, pressão, osso ou filé, nada. Apenas um amontoado de jogadores sem direção o comando, tentando se desfazer da bola e não fazer do jogo a arte de mostrar a beleza do futebol, apenas passear e deixar passar mais uma rodada. E, como sempre digo, dos bastidores pra dentro do campo ‘ há mais mistérios do que imagina nossa vã filosofia ‘.

Domingo o Figueira mordido, em seguida outro rubro negro que encanta com Ramon e Dinei e que se começe a operação de chamar todo mundo para tentar fazer valer nosso mando.

Por derradeiro, é só a torcida e apenas ela o espetáculo desses anos, pois dentro do campo, somos mortos-vivos fadados a conhecer a segunda divisão pela total incompetência administrativa e técnica de nossos comandantes. E da absoluta falta de vontade de grande parte dos jogadores também.

E cansei, tentar dormir um pouco e me voltar aos meus problemas e ainda amanha pagar mais uma fatura do PPV, pelo simples prazer de ver a instituição Atlético entrar em campo e nossa torcida apaixonada, de mulheres lindas e de pressão interminável…. o jogo, ahhh. o jogo de domingo, deixa ele acontecer e vamos ver no que dá…

Um suspiro, um ataque de nervos e de risos e que siga a vida e a bola na forma como querem os deuses do futebol, e tenho dito…….



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