Espera sem fim
Se sobravam razões para a saída do Fernandes, a gota d’água veio na noite de quarta-feira. Não pela derrota, uma triste rotina nos tempos de caparanaense e seus donatários, mas pelo inexplicável sumiço depois do jogo. Se o comandante ficou ‘chateado’, se teve medo de se expressar diante de um punhado de microfones, deve mesmo dar um tempo, tirar férias, esfriar a cabeça. Basta pedir a conta e atender ao apelo de milhares de atleticanos. Poderia levar junto os seus mentores, os ridículos cartolas responsáveis pela farsa em que se transformou o clube que amamos.
Se o técnico está triste, o que dizer de nós, que choramos os fracassos de que somos testemunhas a cada rodada? Quando estivermos na segundona, que nos ameaça há três anos seguidos, ele voltará para o calor de Recife; nós ficaremos aqui, amargurados.
Se o bom senso e a vergonha na cara ainda não desapareceram do caparanaense, um técnico de verdade será contratado. Resta-nos esperar, como sempre.