Ficção no futebol
Em relação à administração de um clube de futebol no Brasil valem os seguintes fatos:
1 Um poderoso dirigente tende a aumentar ou pelo menos a não perder o seu poder.
2 O poder corrompe. O poder absoluto corrompe absolutamente.
Se um clube tem milhões em caixa para gastar, um empreiteiro de obras tudo fará para que a diretoria se decida por um estádio de futebol tipo Alianz Arena, mesmo que ele nunca saia do papel. Não lhe interessa nada que o dinheiro seja canalizado para melhorar a qualidade do time de futebol, subsidiar os torcedores pobres e alavancar mais torcedores por todo o país. Por outro lado, os empresários da bola tudo farão para que a diretoria chancele seus jogadores-investimento, sejam eles pangarés ou não, para que na revenda deles os mesmos realizem grandes lucros, deixando quando muito uma gorjeta para o clube.
Nesse objetivo, com a união da diretoria do clube com o empreiteiro e com os empresários não haverá pruridos em financiar jornalistas, marketeiros e mesmo ditos torcedores, todos «amigos», que nos seus artigos de opinião não se cansarão de enaltecer as vantagens da atual diretoria e da sua extrema premência para o clube. Isso sem contar com o clube inchado de funcionários com belos salários.
Com o fechamento dos contratos e acordos com os «amigos», teremos então o clube empenhado na realização imediata de altas receitas que realizam os altos lucros, sendo que um título de competição é um mero detalhe, tudo isto às expensas dos torcedores fiéis, dos sócios pagadores constantes e dos demais torcedores espalhados pelo país que são a grande maioria.
OBVIAMENTE QUE TUDO ISTO É FICÇÃO E NUNCA PODERIA ACONTECER NO MUNDO REAL !