Quebrando paradigmas
Quarta-feira chuvosa e fria em Curitiba (grandes coisa!!). Resolvi levar a gurizada, meus irmãos Lucas e Pedro para um pouco de diversão ‘off-line’. Jogamos boliche, vimos o filme do panda gigante e, claro, fomos à Arena. Confesso que fiquei temoroso quanto ao resultado final do ‘dia da diversão’.
Perdi no boliche e me diverti com um panda que luta Kung Fu (é assim que escreve??). Chegamos ao Santuário e meu irmão do meio, Lucas, encontrou uns colegas e foi entrando na Torcida Organizada Os Fanáticos. Fiquei pensando: ‘Meu Deus. Faz um tempão que não vejo um jogo na Fanáticos. Mas, tudo pelas crianças…’
Começa o jogo. O povo não para de cantar. Passa uns 10 minutos. O povo não para de agitar. Erros de passes, finalizações bizarras, GOL (!!!), golpes de dar inveja ao panda. E o povo continua cantando e agitando. Fim do primeiro tempo. Que festa. Que show. Que torcida maravilhosa.
Resolvi, pelo meu irmão mais novo e pelos meus joelhos e garganta, assistir ao segundo tempo na Buenos Aires superior. Passa uns 10 minutos. E o povo continua sentado. Passa uns 20 minutos. E o povo continua reclamando e torcendo contra. Ao fundo eu conseguia ouvir a maravilhosa torcida do time adversário: A Fanáticos. Sim, pois no segundo tempo fiquei em qualquer lugar menos na torcida do meu Furacão. Saiu o GOL (dois num jogo!!!). E o povo da Buenos Aires superior não comemorou. ‘Foi o Danilo, aquele traidor.’
Obrigado à Torcida Organizada Os Fanáticos pela renovação do meu espírito atleticano. Obrigado aos meus irmãos que continuam me ensinando. Obrigado ao povo da Buenos Aires superior (sem generalizações, apenas uma meia dúzia que contamina outra dúzia) por me ensinar como não torcer para um time de futebol.
p.s.: Voltarei a assistir jogos na galera, mas nada de ‘louco, louco, louco, louco, louco…Fanáticos’ pois não tenho nem peso nem idade pra isso.