Psicólogo neles!
Em épocas olímpicas é muito comum escutarmos expressões do tipo: ‘Ahh, o 47º lugar foi o melhor resultado do Brasil em Olimpíadas’, ‘Ele não disputa a medalha, mas bateu o recorde sul-americano’ (essa, em especial, me causa arrepios, pois, se não ganharmos da Bolívia, do Suriname e do Equador vamos ganhar de quem?).
Imagine se a nossa tolerância fosse a mesma com o Atlético. ‘Ahh, o time tá em 14º mas os jogadores estão se esforçando’ ou ‘Perdemos 8 jogos seguidos fora de casa mas tudo bem, compensamos na Arena e não caímos para a segunda divisão’.
Claro que os jogadores do esporte bretão recebem uma fortuna por mês e atletas olímpicos (fora o vôlei) são dependentes de patrocínios que, por vezes, não chegam. Mas a cobrança em cima do futebol é desproporcional. Nas Olímpiadas estamos vendo atletas brasileiros campeões do mundo com a cabeça do tamanho de uma noz na ‘hora H’. Fossem atletas submetidos à pressão do futebol, estaríamos com umas cinco medalhas de ouro.
Infelizmente, no Brasil esporte é futebol. O resto é gincana.