Essa não é minha mãe
Dias atrás fui a um velório de uma vizinha que morreu atropelada. Ao lado do caixão a sua filha, chorando muito, olhava para o corpo bastante deformado por causa do acidente, e falava incessantemente: essa não é minha mãe. Minha mãe está no céu, linda e maravilhosa como sempre foi.
Hoje, assistindo a partida contra o Atlético Mineiro, lembrei-me da cena daquele velório. Vendo aquela coisa deformada em campo, com uma horrível camisa vermelha e branca(!), onde se lia CAPARANAENSE, ouvindo o treinador, aos 40 minutos do segundo tempo, berrar para que os três (!) zagueiros não avançassem para não tomar mais, porque 3X0 já estava bom, pensei: esse não é o meu Atlético. Meu Atlético está no céu, lindo e vigoroso como sempre. Mas não será por muito tempo. Tal qual Jesus Cristo, o FURACÃO da Baixada da Buenos Ayres ressucitará e virá, com a nossa caveira na face, infernizar novamente os adversários. Ressucitará, tenho a certeza – basta derrubar o imperador.