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3 set 2008 - 16h41

10 anos do paraíso ao inferno

Quando Petraglia indignado com a situação dramática que o Atlético se encontrava em 1995 , deu um murro na mesa e juntou-se com um colegiado de primeira grandeza , fizeram a ressurreição do querido Furacão.

Nosso projeto a partir de agora será deixar o Clube Atlético dos Paranaenses um dos maiores clubes da América em 10 Anos.

Presidente em 1997, Petraglia foi salvo pelo povo atleticano de um linchamento público e este mesmo povo salvou o Atlético de um rebaixamento. Mas o colegiado continuava através de seu Valmor negociando a compra do CT do Caju e de Êneo fornea a construção da Arena da Baixada. Em 1998 Ademir Adur foi campeão paranaense estando presidente do clube.

O Atlético através do colegiado, dava seu primeiro passo a ser grande, ganhando na presidência de Nelson Fanaya o titulo brasileiro da Seletiva da Libertadores em 1999, indo disputar oficialmente sua primeiro copa sul-americana.

A moderna Arena, com a ajuda da venda basicamente de dois jogadores (Paulo Rink e Oséas), os dois descobertos pelo ex-presidente Farinhaque, e a mobilização da torcida atleticana que até pedaços de tijolinhos da antiga baixada comprou, foi inaugurada em 1999.

Na presidência novamente de Ademir Adur, fomos campeões paranaense em 2000 e fizemos uma grande campanha na libertadores.

Em 2001, o nosso grande ano, sob o comando de Marcos Coelho na presidência , fomos Bicampeões paranaense e Campeão Brasileiro com uma campanha impecável, ganhando os quatro jogos finais.

Com o colegiado os 10 anos de projeção se tornaram realidade em cinco.

Guivan Bueno assumiu em 2002 e fomos tricampeões paranaenses, mas interesses poderosos começaram a aparecer dentro do clube, causando um racha, todo o colegiado se afastou e Petraglia assumiu sozinho o clube.

A Arena já estava construída, o CT já era o melhor do Brasil, o Atlético já havia sido campeão do Brasil, os Times eram máquinas de fazer gols , a torcida orgulhosa e cada vez mais apaixonada.

Sob a presidência isolada de Petraglia , passamos sufoco no segundo semestre , visitando a zona de rebaixamento e terminamos em 14º lugar no Brasileiro e em 12º no Brasileiro de 2003. Títulos , apenas uma copa idealizado por Moura com times da suburbana.

Mas neste tempo começaram as vendas, Kleber, Alex mineiro, Kleberson, Cocito, Fabiano e uma infinidade de muitos outros… milhões de dólares, mas a baixada e o CT já estavam prontos….

Em 2004, sob a presidência de Fleury, indicado por Petraglia e recebendo ordens suas, teve a glória de perder pela primeira vez na história um Atletiba decisivo na baixada. Não bastasse esta vergonha, fez nossa torcida entrar na justiça contra o clube após aumentaram o ingresso na calada da noite para exorbitantes 30,00 reais a época, proibiram a bateria da Fanáticos no estádio e bateu boca via imprensa chamando torcedores menos favorecidos de bêbados e assaltantes , mas graças aos juniores do clube (Jádson e Fernandinho), o grande artilheiro Washington e a força da torcida atleticana perdemos um campeonato brasileiro ganho pela falta de habilidade em não dispensar Levir Culpi antes do jogo contra o Grêmio, e falta de autoridade no jogo em São Januário onde Eurico fez o que quis.

Em 2005, marcado sobre uma briga intensa entre torcida e Petraglia, ainda com proibições impostas a aqueles, divisórias na baixada, ingressos majorados, as vendas de Jádson, Ilan, Fernandinho, Rogério Corrêa e mais uma dezena de muitos outros jogadores, por mais alguns milhões de euros e o pouco esforço de manter o coração valente, o maior artilheiro da história dos brasileiros, fomos campeões paranaenses e com um elenco fraco, passamos as primeiras 10 rodadas em último lugar do brasileiro. Na libertadores, aos trancos e barrancos, após uma inesquecível goleada sofrida de 4 a 0 na baixada, o Atlético passou de fase, a bateria foi liberada e a torcida incendiou o Caldeirão levando o Rubronegro a final da Libertadores, mas por falta de pulso firme da diretoria contra os interesses dos Bambis, fomos impedidos de jogar em casa esta final.

Após a saída do colegiado, foram arrecadados milhões em vendas de jogadores, ingressos majorados, a baixada teve apenas adaptações ao Estatuto do torcedor, o CT começou obras apenas ao final do ano passado, elencos foram desmontados a todo ano, venderam mais , Marcão, Lima, Paulo André, Michel Bastos e muitos outros por mais vários milhões , trouxeram de givanildo a miores como treinadores , proibiram a imprensa de cobrir o clube, o torcedor não recebe informação , a não ser no site oficial, lotearam a baixada em patrocinadores com altas cifras, fomos desclassificados da Copa do Brasil em jogos vergonhosos contra Volta Redonda e Corintians de Alagoas, sem falar na derrota para o penetra fluminense em casa. Na presidência desta dupla que jogou fora a história do Clube Atlético Paranaense, perderam mais uma vez de forma vergonhosa um campeonato paranaense para os coxas dentro de casa, o clube vive hoje o pior time destes últimos 20 anos, Um clube frio, sem emoção, sem alma, um distanciamento gigante entre clube e torcida, o caldeirão não esquenta mais, todos foram calados e não temos nunca informações e respostas para o que está acontecendo em nosso clube. A imprensa se omite com medo de represálias, noticias hoje somente de tribunais, estamos cansados. Os jogadores fracos sem motivação por estarem proibidos de se exporem na mídia, a torcida desanimada porque querem a transformar em consumidores e não mais torcedores, a ganância do poder não abre a porta para os antigos grandes atleticanos que tanto fizeram pelo clube e eleições hoje , são de cartas marcadas por um conselho omisso.

Estamos em 2008, já passamos do ano 10, em que o projeto de se tornar um dos maiores clubes da América, deveria se consolidar. Muito foi feito, muito nos orgulhamos, muito conquistamos, mas o começo quando o Atlético era dos Atleticanos , foram anos de glórias e orgulho. Hoje estamos com o real risco de voltar para a segunda divisão, temos uma estrutura invejada, mas a prateleira de troféus vazias, corremos o risco de voltarmos no campo a estaca zero, se as sandálias da humildade não servirem em alguém e este chamar novamente a todos que o ajudaram a construir um Atlético que o torcedor sonhou. O planejamento foi errado, as contratações foram erradas, o modelo que querem transformar o torcedor está errado. O alto volume de dinheiro que entra no clube, mal explicado. O Atlético existe porque tem seu torcedor, e este pela sua paixão, não pode ficar sendo tratado como um número. Aliás um ótimo número, 20 mil sócios-torcedores. Não queremos e não aceitamos donos no clube de maior torcida do Paraná.

O Atlético é do Povo. Ninguém pode se colocar acima do Atlético, todos estamos abaixo dele, inclusive todos que reergueram o clube.

Exigimos atitudes, mudanças de comportamentos , democracia e uma saída imediata para a situação medíocre em que nos encontramos na tabela.



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