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3 set 2008 - 22h58

GERAÇÃO ARENA 5

Por ser este um espaço democrático, lemos e escrevemos várias opiniões. Mas quero aqui dar a minha opinião em relação ao texto Geração Arena 2.

De início quero dizer que além de geração Arena, também sou da geração Willie Davis, geração Estádio do Café, Comendador Meneghel, da geração sócio-Pinheirão. Sou da geração também de viajar 600 quilômetros num corcel 75 movido a gasolina azul para assistir à Atlético 9 X 0 Umuarama com Évans, Gerson Andreotti, Rotta, etc… e voltar no mesmo dia com meu saudoso pai, desafiando a morte a uma velocidade máxima de 80Km/h, em estradas não duplicadas. De viajar mais quinhentos e tantos para assistir a um Atletiba aqui na capital e voltar de madrugada com meu saudoso pai. E quantas e quantas vezes, eu e meu saudoso pai e alguns outros amigos atleticanos do interior deste Estado fizemos isso!

Não sou atleticano de ocasião! Lembro muito bem de tantas e tantas dificuldades que esse clube já enfrentou (PORQUE ENFRENTEI JUNTO!). Desde falta de uniformes, da Jabiraca quebrando, da mobilização a favor do CAP e do Petráglia em 1997, de jogadores como Biluca, Jura, Pedro Paulo, Fião, Tico, César e “trocentas” outras pérolas que já vestiram esse manto sagrado e tantas outras passagens.

Digo que eu estava lá em São Caetano para comemorar o título de 2001 (graças ao verdadeiro presidente campeão: Marcus Coelho); estava na decisão da Sul-Minas contra o Cruzeiro em 2002; estava quando o Geninho foi demitido depois dos diretores terem sido “convidados” a saírem; estava em 2004 nos jogos do Furacão que ia muito bem até “alguém” primeiro resolver brigar com Eurico Miranda e depois com o próprio técnico Levir Culpi (que hora apropriada); estava em 2005 na Arena quando perdemos por 4XO pro Independiente Medelin e nos classificamos graças ao gol do De Vaca do Libertad. Estou na Arena como sócio-torcedor assistindo esse “grande time” montado por quem sabe das coisas do futebol, nos presentear com esse show de horrores.

Mas quero agradecer ao Sr. Mário Celso Petráglia por esse salto gigantesco que o CAP deu nessa última década. Quero agradecê-lo por nos tornar “médios”, pois éramos muito pequenos. Estamos ainda um pouco distante de sermos “grandes” no que se refere à história em campo. Quero agradecê-lo por ter-nos feito recuperar a nossa auto-estima, o orgulho a felicidade de sermos e vestirmos o manto rubro-negro. Quero agradecer pelas idéias e visão futurista que implantou no nosso CAP e que hoje, em termos empresariais, é esta imensa potência! Por termos um patrimônio fenomenal! Ao Sr. Mário Celso Petráglia, por isso tudo, muito obrigado!

Terminado o justo agradecimento a essa nobre figura, no que diz respeito a esses assuntos, gostaria de reavivar fatos, que mostram a outra face da moeda.

Primeiro que não foi MCP sozinho que fez toda esta transformação. Que muitos grandes atleticanos (alguns dos quais inclusive o trouxeram ao Clube) foram forçosamente afastados para que ele permanecesse (Fica Petráglia 2002, lembram?). Que em campo, em 1995, a qualidade técnica do time era muito próxima ou até igual ao do atual elenco. Aos que se condoem por MCP, será que se condoeram por Hussein Zraik naquela ocasião?

Como disse dias atrás um colunista “doentemente” atleticano em seu texto: num certo momento, se não fosse Ênio Fornéa autorizar a derrubada da antiga Baixada, ela não teria sido construída, o que me leva a concluir que se dependesse de MCP, este teria recuado da obra e procurado o Paraná.

Que em 2001, Marcus Coelho peitou e bancou as contratações de Souza, Nem e Geninho a contragosto de MCP e duvido que seríamos campeões sem eles. Que na realidade em 2004, MCP foi quem perdeu o campeonato brigando com o babaca do Milton Neves, depois com Eurico Miranda e para finalizar com o próprio técnico Levir Culpi, ou seja, perdemos para nós mesmos, ou melhor ainda: perdemos para o MCP; porque a prepotência e arrogância desta nobre figura ficaram acima do Clube.

Outra pergunta cabe aqui aos defensores de MCP como dirigente do departamento de futebol: se tivessem uma empresa sendo gerenciada por uma pessoa com esse perfil, esse método de trabalho e obtendo esses resultados em cinco anos frente à sua empresa, dariam promoção e ficariam contentes com o rendimento? Como agiriam? Manter-no-iam no cargo por agradecimento? E Petráglia, faria o mesmo em suas empresas?

Antes que respondam, quero lembrar-lhes que o vice-campeonato da Libertadores teve de tudo, menos planejamento e crença de MCP. Ou esqueceram-se da entrevista coletiva após a classificação milagrosa mesmo perdendo na Arena? Qual a contratação que fizemos (antes das semifinais era permitido), para sermos campeões desse torneio?Precisava muito? Não! Gastamos 2 milhões em tubos mas não gastamos 1 milhão com Petkovic, lembram?

No que concerne a marketing, administração patrimonial, negociações financeiras, MCP não precisa provar mais nada a ninguém! É um estupendo empresário! Um tremendo visionário! Um bom argumentador. Consegue até vender cadeira para críticos e ex-críticos na Arena a ser construída em Marte.

Portanto resumindo: em tudo isso o CAP está muito bem servido e PRECISA de MCP. Mas muito mais do que isso, precisa que MCP e seus fantoches se afastem do departamento de futebol ontém!

A solução não está na saída de MCP do CAP, mas na saída de MCP e seus marionetes do departamento de futebol.

Não tenho muitas esperanças, pois a humildade (a verdadeira), a resignação, a indulgência não são atributos dessa nobre figura. Vide última coletiva!



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