4 set 2008 - 17h30

Petraglia e Fleury se afastam da administração do futebol

João Augusto Fleury da Rocha e Mario Celso Petraglia não tratarão de assuntos ligados ao departamento de futebol a partir desta quinta-feira. A informação foi revelada pelo próprio Petraglia em entrevista ao site oficial do clube. Em razão da crise vivida pelo time no Campeonato Brasileiro, Petraglia resolveu tomar algumas medidas.

A primeira delas foi designar Marcos Augusto Malucelli para responder pela vice-presidência de futebol do Atlético. A segunda foi demitir o técnico Mário Sérgio, que colocou seu cargo à disposição depois da derrota para o Goiás, na noite desta quarta.

Petraglia reconheceu que a diretoria cometeu erros, mas se mostrou otimista com a recuperação do clube. O dirigente acha que o segredo do sucesso está na união dos atleticanos. "Eu e o Fleury acreditamos que nem tudo está perdido. As condições dos nossos atletas nos últimos jogos foram inacreditáveis, irreconhecíveis e inexplicáveis. Agora é o momento de união e contamos para isso com o apoio de todos os torcedores, das organizadas, dos sócios, precisamos da união de todos", ponderou.

Confira a entrevista completa de Petraglia ao site oficial.

O que motivou a nova mudança de treinador e da comissão técnica do Atlético Paranaense?
O treinador Mário Sérgio não trouxe o resultado que esperávamos: que era um segundo turno nos níveis que estávamos habituados. Ele e seus dois auxiliares não retornam para Curitiba hoje. Eu e o Fleury vamos nos afastar do futebol e o Dr. Marcos Malucelli vai ser o vice-presidente para assuntos de futebol. Ele assumiu ontem à noite o cargo e se dispôs a ajudar pela experiência de anos que tem dentro do Atlético. Ele vai chefiar o Edinho (Nazareth, diretor de Futebol) no dia-a-dia.

Essas mudanças demonstram que ocorreram efetivamente erros?
Claro que os erros ocorreram. Verificamos isso no final do primeiro turno, mudamos a comissão técnica, a diretoria de futebol, mas pela situação acumulada de avaliações anteriores, comissão técnica, erros acumulados e, principalmente, as condições emocionais e físicas do grupo fizeram com que as mudanças não surtissem os efeitos necessários.

E o novo treinador, quando virá?
Estamos buscando alternativas para o comando técnico do Atlético. Hoje ou no mais tardar amanhã, queremos já ter o novo nome.

Como fica a situação do preparador físico Moraci Sant´Anna?
A permanência do Moraci é fundamental para o Atlético Paranaense. Ele foi trazido pelo Clube e não pelo Mário Sérgio – que foi liberado por mim após a partida, quando ele colocou o cargo à disposição.

Muitos falam que o Atlético Paranaense vai para Segunda Divisão. Ainda existem perspectivas?
Eu e o Fleury acreditamos que nem tudo está perdido. As condições dos nossos atletas nos últimos jogos foram inacreditáveis, irreconhecíveis e inexplicáveis. Agora é o momento de união e contamos para isso com o apoio de todos os torcedores, das organizadas, dos sócios, precisamos da união de todos. O Atlético é maior do que qualquer crise e tem uma estrutura que causa perplexidade em todo o Brasil quando é analisada a situação em que estamos. Nunca fizemos parte das apostas dos que estariam entre os últimos da tabela do Brasileirão. Agora vamos trabalhar mais ainda porque o projeto continua, precisa ter continuidade.

A situação atual faz a diretoria repensar o projeto de continuidade?
Teremos eleições em dezembro e vamos refletir até lá. O momento, o foco que queremos agora é exclusivamente de sairmos dessa situação. Precisamos, repito, da ajuda de todos, concentração de esforços.

O que a gente vê sempre é crítica com relação à estrutura do Atlético, que não formaria jogadores. Como o senhor vê isso?
Se você olhar, a gente tem sete ou oito jogadores de base no time principal. Infelizmente as coisas não fluíram favoravelmente. Estamos vivendo um momento que é de mudanças no futebol brasileiro. A crise do futebol é estrutural, existe um momento de mudanças – que começaram nos últimos dois ou três anos – e, infelizmente, esse momento pegou todos nós enfraquecidos. A crise é generalizada, mas isso não justifica nada, apenas explica algumas coisas. No Mundo todo o reconhecimento de resultados vem sempre pela formação. Este é o caminho.

E a qualidade dos jogadores?
A qualidade sempre depende do ponto de vista. Tivemos várias ofertas de transferência agora na janela de jogadores do atual plantel profissional. Não aceitamos. Não concordamos em transferir ninguém pelo momento que estamos vivendo no Brasileiro. Não poderíamos enfraquecer o nosso grupo. Contrariamos nesse momento até os interesses dos jogadores para pensarmos no nosso time e na nossa torcida.

Como o senhor vê a pressão agora por resultados?
No futebol, não se ganha sempre. Não acho justo que eu não tenha o direito de errar. E o que já foi feito, nada vale? Todos nós temos erros na vida. Errar é humano. Essa pressão, essa coisa pessoal é que eu acho injusto. Este foi um erro pontual e momentâneo. Vamos tentar reverter o erro. Ainda acreditamos que haja tempo.



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…