Desde que me entendo por gente acompanho o Atlético. Por muitas vezes vi o furacão ganhar jogos na raça e por influência de sua apaixonada torcida da qual me incluo. Em um passado recente, por ausência de grandes resultados, acabávamos nos contentando com algumas vitórias contra “grandes” clubes nacionais e títulos estaduais conquistados contra clubes que se igualavam a nós. Hoje a realidade é outra, estamos mal (ou bem) acostumados com resultados expressivos e não podemos esperar outra coisa a não ser títulos ou ao menos lutar por estes. Possuímos a maior estrutura, o maior e melhor estádio, o que nós permite este grau de exigência. Atualmente estamos em um patamar acima em nível estadual e não perdemos em nada para ninguém no cenário nacional. Não obstante, neste ano de 2008 (o que em verdade ocorre desde 2006) não conseguimos nada além de apenas “participar” de campeonatos e agora vivemos o desespero de lutar contra o rebaixamento. Pior, mesmo vivendo uma realidade diferenciada de outros clubes em termos estruturais, o que percebo é que não podemos contar mais com a raça de nossos jogadores o que, no passado a que antes me referi, era a nossa principal virtude (além do apóio da torcida, o que jamais deixará de existir). Assim, não basta darmos condições para que jogadores venham vestir a camisa rubro-negra se aqueles não estiverem comprometidos e cientes de que a esta camisa rubro-negra SÓ SE VESTE POR AMOR.
Enquanto persistir a apatia e o descomprometimento de nossos jogadores, vou ter que continuar a ocultar a verdade e a culpar meu vizinho de cadeira (e amigo) pelas nossas derrotas, uma vez que desde que ele passou a acompanhar os jogos do Atlético na baixada o time desandou.