Sinceramente, não espero muito… Creio que necessitamos apenas de alguns homens que saibam o que é vestir aquela que só se veste por amor… Em 2008, basta-me o 16º lugar no Brasileirão, um sonho seria a 12ª posição para em 2009 ter calendário internacional… Com minha pobre e míope visão, observo que não é difícil, são necessários poucos recursos, com certeza menos que o milhão que 20000 fiéis depositam mensalmente nos cofres do clube. Vejamos pois…
Independente de falhas e acertos, na meta temos dois homens. Vinícius, formado na base, falta a maturidade e a frieza que só o tempo trará, mas sua hombridade nunca foi duvidosa. Galatto, um monstro, herói na Batalha dos Aflitos, como nosso querido Ricardo Pinto, mostrou-nos domingo, que tem raça, e não teme a própria morte. No lado direito, se Alberto precisa recuperar a forma, porque não apostar em Douglas Maia, Raul ou Gerônimo, que ainda tem uma longa vida no futebol pela sua frente, todos já mostraram suas qualidades na base. Na defesa temos um instrutor para orientar os garotos, Gustavão, pode ser que esteja fora de forma, mas deve ter muito mais vontade que o homem do passaporte comunitário, Danilo, desde 2005 falhando ininterruptamente… Rodolfo, sabe o que é a nossa camisa… Chico, outro monstro, deixem o menino jogar… Segundo o nosso ex-treinador da base, Leandro Nieheus, Alex Fraga é excelente, melhor que o Rodolfo, não sabemos, nunca teve seqüência, talvez seja sua hora… Na esquerda temos um jovem jogador de extrema força, precisa de seqüência e apoio, em 2007, pelo Juventude foi eleito o melhor da posição no Gauchão, em 2008, pelo Fortaleza, foi eleito o melhor jogador do campeonato cearense, impossível ele ser uma farsa de norte a sul do Brasil… No meio temos um motor, destruidor, raçudo, guerreiro, incansável, Valencia, o gringo poderia ter nascido gaúcho, argentino ou uruguaio, pois seu futebol é desta natureza. Netinho, jogador que tem suas virtudes, sacrificou-se atuando lesionado por mais de dois meses neste ano, joga na posição que o treinador pede e não se omite, lembrem-se do desastre contra o Corinthians de Alagoas, saiu de campo de cabeça erguida, correu até o fim, brigou e não fugiu dos microfones, durante o Paranaense, alertou que a invencibilidade não valia nada, que deveríamos esquecer o oba-oba e lutar pelo título. Ninguém o ouviu, creio que seja a hora de ele jogar no meio. Kelly, pode dar ritmo e cadência ao jogo e aos garotos, entrou na fogueira contra o Chivas, correu, lutou e fez gol. Pediu para voltar ao Furacão, demonstrou seu amor e gratidão, tem crédito na conta. Reparem no Pedro Oldoni, não é um primor, mas corre e se esforça, tem melhora tecnicamente, lembra o Oséias quando chegou, em 1995, desajeitado, grosso, pouca habilidade, mas muita raça, humildade, força. Tem buscado o fundo, caído pela direita, feito assistências, exatamente como o Oséias começou… O Rafael, quem diria, não botava fé nele, mas o cara dá até dura no Ferreira, chama a responsabilidade para ele, tem vibração, pode ser ídolo no clube.
Temos uma lista de jovens que podem aparecer e nos dar alegrias, como os meninos do lado direito, Raul, Douglas, Gerônimo, tem o Renan, que se esforça muito também, o Pimba, habilidoso, um pouco fominha ainda, precisa de orientação, mas é uma promessa. Eduardo Sales, Choco e Patrick, atacantes que sabem fazer gols.
Temos atletas que precisam se recuperar psicológica, física e tecnicamente, mas que ainda podem voltar aos bons tempos, como Alan Bahia, Ferreira e Alberto.
Outros com seu ciclo já encerrado, alguns prematuramente como Joãozinho, Julio César, Fernando que precisam ter seus contratos revistos e serem pagos por produção e outros como Danilo, Rodriguinho e Anderson Aquino, que estão com a validade vencida.
Não exigimos muito, mas dos que vi jogar, alguns não foram craques, mas deixaram saudades pela vontade e honra, como Rafael, Heraldo, Celso, Marolla, Odemilson, Cambé, Fião, Cacau, Valdir, Leonardo, Vica, Carlinhos, Alex Lopes, Marcão, Nem, Lima, Paulo Rink, Oséas, Nowak, Ricardo Pinto, Flavio, Kleberson, Andrey, Luis Eduardo, Gabiru, Lucas, Kleber, Cocito, Alex Mineiro, Fernandinho, Jadson, Diego, Fabrício, Washington, entre outros. Vejam só, de todos estes, não temos cinco craques de seleção, daqueles indiscutíveis, mas todos honraram nossas cores e nossa história, cada qual ao seu modo e em seu tempo. É só isso que a nação rubro-negra quer: apenas alguns homens dignos da nossa grandeza!!!

Walter Feldthaus
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