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31 out 2008 - 7h32

Aos sócios, sobre a eleição.

“Não há paz sem vitória”. Simples e verdadeira frase.

A carta aos Sócios enviada pelo Sr. Fleury demonstra medo e arrogância.

Medo pela iminência de ser deposto nas próximas eleições, o que depende apenas de um assovio da oposição, tendo em vista a revolta da torcida.

Arrogância por pregar união logo depois de ter se isolado no poder, afastando todos os conselheiros que, cada um à sua maneira, contribuíram para o crescimento do CAP.

Bem da verdade, em relação às eleições, a atual diretoria fez uma aposta errada (como se não bastassem as apostas em jogadores).

Em 2007, quando deveria ter ocorrido uma eleição, a chapa atual não se inscreveu para o pleito apenas para reforçar a idéia de que ninguém ousava tomar-lhes o lugar. Apenas para dizer: “Torcedores, vocês precisam de nós e sabem disso”.

Num gesto de pretensa benevolência, adiaram a eleição para maio e, quedando-se inerte mais uma vez a oposição, fizeram uma aposta “mais benevolente” ainda. Marcaram o sufrágio para dezembro, quando mais sócios poderiam votar.

E esta aposta foi o tropeço que resultará na queda.

Os dois adiamentos da eleição foram feitos com base no (ilusório) bom desempenho do time entre o fim de 2007 e a quebra do record do Furacão, no Paranaense de 2008.

Imaginaram que o CAP faria um bom Brasileirão e que os sócios os aclamariam para mais um mandato. Contaram com o ovo dentro da galinha.

Agora, que a oposição está dando sinais de vida, apelam para a união e conclamam a torcida a desmerecer os chamados inimigos políticos. É o medo da derrota.

Mas não há paz sem vitória.

Se formos para a Série B o processo de sucessão será simples. Os sócios votarão movidos apenas pelo ânimo de tirar quem está lá, não importando quem venha a substituí-los.

Mas se o CAP não for rebaixado (e os dois últimos jogos me deram esperança) as eleições serão uma guerra que definirá os rumos do Furacão daqui para frente.

O lado bom de uma guerra é a quebra de paradigmas O embate de idéias que resulta em novas alternativas para melhoria do conjunto.

Mas se uma das diferentes correntes políticas não se der por vencida e iniciar um processo autofágico, isso será prejudicial, estagnante.

Nós, Sócios, temos o dever de debater esse assunto antes das eleições, afinal tudo leva a crer que estaremos sob violenta emoção quando elas chegarem.



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