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28 jan 2009 - 7h58

Testemunha ocular da Copinha

Tive a oportunidade de estar em São Paulo no domingo passado visitando a família. Então aproveitei e fui assitir ao jogo no Pacaembu.

A confusão já começa na entrada – ingresso à R$2,00 (obviamente esgotadíssimos), Coríntia jogando fora de São Paulo, o estádio lotou com 35.000 torcedores gritando muito. Apesar do espaço destinado à torcida rubro-negra ter bastante lugar, a bilheteria fechou, não venderam mais ingressos e eu, assim como outros (vários) atleticanos, tivemos que comprar ingresso de cambista a R$15,00. Detalhe que o ingresso não era para o setor visitante (estes ‘misteriosamente’ desapareceram), mas nos deixaram entrar com outro ingresso.

Estava muito quente: arquibancada descoberta e o sol de meio-dia (que eu contato com minha pele corada de bronze-hospital me deixou torrado) me fizeram imaginar o que aqueles meninos estavam passando – a responsabilidade de chegarem à final pela primeira vez, um calor infernal, uma torcida contra enorme gritando muito. Não deve ter sido fácil, mas a gurizada jogou como gente grande, de igual para igual.

Não vou me ater a detalhes do jogo, pois este já foi mais do que comentado nos jornais e neste espaço. Vou só dizer que fiquei feliz novamente em ser atleticano – eu via os meninos jogando com raça, vestindo a camisa com orgulho, coisa que há muito tempo não tínhamos. Não vou entrar também no mérito da expulsão, se foi acertada ou não, mas tenho certeza que a história ia ser outra se fosse no mano a mano. A própria Gaviões só passou a acreditar no time depois da expulsão e do primeiro gol, e ficaram apavorados quando levaram o primeiro, com medo que o Atlético empatasse e levasse o jogo para os pênaltis.

Agora, só nos resta torcer para os meninos não serem alvos nos ‘malas’ da vida; a diretoria parece estar no caminho certo vendo que estes meninos são o futuro do time. Temos que segurá-los, investir neles, dar apoio irrestrito, manter neles o ‘atleticanismo’ há muito perdido. Parabéns à comissão técnica, aos jogadores e à diretoria pelo feito histórico, que ele tragam muitas lições ao time principal.



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