Já escrevi nesse site, no que fui acompanhado por Mauro Zicka, acerca das dificuldades em se contratar o serviço PPV da NET no que atine ao Campeonato Paranaense para quem mora em outro estado da Federação.

Minha saga iniciou-se em 12 de janeiro, quando liguei para a operadora de TV a cabo a fim de apenas trocar meu campeonato estadual, do gauchão para o paranaense. A operação parecia simples, pois a NET anuncia umas três vezes a cada hora, que tem a maior cobertura dos estaduais pelo Brasil.

Feita a ligação, de início constato que o call center não atende às novas regras da ANATEL em relação ao tempo de espera na linha.

Oito minutos depois, já tendo decorado os filmes que estreiariam na rede Telecine, anunciados na irritante música da ligação em espera, fui atendido e recebi a notícia de que os assinantes de fora do Paraná não podem comprar o pacote que inclui apenas o Campeonato Brasileiro Série A e o Paranaense.

Pediram-me um prazo de 96 horas úteis para que fosse dada uma resposta sobre meu pedido de assinatura, prazo que alonguei para duas semanas, em virtude de uma viagem profissional à cidade de Santa Maria-RS, onde reside a família de minha namorada. Fiquei hospedado na casa de meus sogros, onde por algum motivo que desconheço, um simples e arcaico aparelho de vídeo-cassete tem o condão de liberar TODOS os canais PPV da NET.

E para minha surpresa, trocando de canais, vejo que o jogo CAP x Foz estava passando!!! E mais, peguei o jogo exatamente na hora em que Rafael Moura cruzou para o gol de Julio dos Santos.

Revoltei-me (não com o golaço, é lógico).

De volta a Porto Alegre, liguei novamente para a NET e fui informado que, para assistir aos jogos do Atlético, seria obrigado a contratar também o campeonato paulista, pagando cerca de doze reais a mais na mensalidade.

– Um absurdo!!! Digo eu, revoltado.

– Quer dizer, então, que para ver jogos do CAP sou forçado a dar dinheiro para bambis, gambás, palmeirenses e santistas?!? Continuo.

– Sim, senhor, a programação é fixa. Responde o atendente, que apenas “cumpre ordens” (adoro essa desculpa).

Como não moro em Santa Maria e não tenho um aparelho de vídeo-cassete, rendi-me ao “sistema” e aceitei a exploração. Decidi pela venda casada dos campeonatos e fiquei mais de meia hora aguardando a contratação.

Contudo, o maldito sistema não aceitava o pedido e um novo prazo de 96 horas me foi solicitado para que o problema fosse saneado.

No domingo do ATLEtiba liguei três vezes antes do jogo até que um atendente carioca disse, chiando como era de se esperar, ter conseguido finalizar a operação:

– “Senhô Conraduu… aguarde quinze minutush que o jogo vai passar na sua TV”.

Desconfiado, aguardei. E nada do jogo. Liguei mais duas vezes e recebi novamente a resposta de que em quinze minutos teria acesso ao PFC, mas nada!!!

Mais cinco ligações e uma atendente muito solícita ficou comigo uma hora e vinte e dois minutos tentando contratar o PFC. Isso, após chamar seu supervisor e um técnico para auxiliá-la.

Ela se desculpou dizendo que ninguém explica o motivo da impossibilidade da operação e me pediu para tentar novamente, o que fiz e um novo prazo de 96 horas me foi solicitado para uma chamada técnica.

Isso foi na segunda-feira e tenho certeza de que, na sexta-feira, quando acaba o prazo solicitado, novamente não conseguirei assinar o PPV.

Amigos, esse desabafo tem o intuito de salientar uma nova maneira que o Clube dos Treze encontrou para beneficiar os times do eixo maldito.

A partir de 2009, o rateio da verba de PPV é proporcional à torcida dos times. Mas essa aparente proporcionalidade acaba quando somos compelidos a assinar um segundo campeonato estadual junto com o do nosso Furacão.

Para cada torcedor do CAP que assina o PPV (fora do Paraná), outro paulista é registrado e, assim, o rateio beneficiará novamente o eixo maldito.

Acorda, diretoria!!!