Estamos bem arranjados
Não sei nem por onde começo, mas quando um dos maiores meios de comunicação diz que o dia 19/02/09 foi histórico para o Atlético, outro diz que o Petraglia não é sério, que a verdade tem um dono. Isso sim pode ter dono, né, Mafuz? A verdade.
Uma das alegações da verdade: Petraglia usa a internet como veículo para suas críticas e os donos da verdade usam o quê, cara pálida? E quem diz que uma página virada é virada para o melhor, para o bem, se depois da tempestade vem a bonança o Atlético perderá a acunha de Furacão, a ética também tem dono e ela é isenta, segundo Mafuz, de interpretação. A ética moderna é desumana, ela é ingrata, é mal criada é mal-educada e, se Mafuz ainda não sabe, são os interesses individuais que fizeram a roda rodar.
E que mesquinharia do senhor Malu, mesquinharia não só, vaidade de menino boçal, de piá. Ele não suporta críticas, e olha que são críticas de uma pessoa de pouco histórico, e todo o argumento do Mafuz, do Carneiro Neto vão à lona, que Petraglia não suporta opinião contrária, principalmente opinião de pessoas menos experientes, da forma que os descontentes saíram, da boca de Petraglia. Pelo menos pra mim que sou torcedor médio do Atlético, que só tenho notícias que saem na imprensa, Petraglia nunca foi tão arrogante quanto este tal de Malú, e o que este Malú fez?
No segundo jornal do estado foi impresso que Petraglia vai sem conseguir cumprir sua principal promessa, a Baixada, e olha que quem escreveu viveu muito mais tempo do que eu. Respeito, pois um dia minha memória pode me deixar na mão, mas e antes da gestão Petraglia, como era o campo que o Atlético mandava seus jogos? Para vocês que são mais jovens do que eu, o Atlético era um tipo de América de Natal, um Fortaleza, não dava pra saída nem com a Portuguesa de Desportos. Vocês que são contemporâneos ou mais velhos relembraram: respeitando todas estas equipes, alegria de atleticano era ver o coxa perder. Eu vivi isto na pele, quando o coxa foi campeão em 85 desenhei no quadro negro inteiro do colégio um símbolo do CAP com uma estrela de campeão. Fui alvo de chacota, sonho de menino que foi perdendo as cores quando chegou a juventude, e de repente me aparece o Petraglia.
É constrangedor dizer isso; nos dias de hoje elogios só se fazem ás escondidas, é subversão, pichar é voga, vaiar está na ordem do dia, caráter é maldizer. Os veículos de informação dizem: Nós podemos, sim, conseguem fazer comparações até com a piada do Chávez, e isso é a verdade, segundo eles, incontestável, a ética sem interpretação do bom mocismo do Malú, e que agora chegamos a era desta tal de democracia, e democracia é para todos, portanto, também para tolos.
É extremamente doloroso dizer isso, mas quando uma pessoa que tem tanta ética quanto este senhor, é tão transparente, é uma verdade tola, arrogância sem competência, petulância sem conteúdo, café sem cafeína, cerveja sem teor alcoólico. Me desmotiva nestes próximos dois anos ir ao estádio, que segundo a imprensa paranaense ainda tem a pretensão de ser, de acompanhar este caminho sinistro que o Atlético esta tomando. Sei que não vou fazer diferença, tenho noção do meu tamanho, desabafei mais como válvula de escape do que tentar alterar o rumo das coisas, mas é de fato decepcionante você ver aquilo que você ama na mão de gente tão descuidada.