Monarquia absoluta
Caro Luiz Fernando:
Li, reli e me fixei no seu texto ‘monarquia absolutista’. Coerência e simplicidade na linguagem. Vou tentar imitá-lo.
Sou atleticano desde nascença. Nasci em 1944; sou, portanto, 20 anos mais jovem que o Atlético. Nesses 65 anos acompanhei de perto tudo que aconteceu no Atlético; as alegrias e as tristezas eu as tenho gravadas em minha mente. Uma das poucas vantagens de você se tornar velho é que você se torna testemunha ocular da história: ela passou pela sua vida e isso lhe permite fazer comparações.
Agora, eu entro na questão: o maior administrador que o Atléico já teve foi Mário Celso Petraglia. Planejou, realizou, cumpriu. Amou o Atlético como ninguém que eu me lembre nesses meus 65 anos.
Depois da obra pronta, fica mais fácil emitir conceitos, querer aministrar, apontar erros e falhas.
Existem dois conceitos básicos: um é biblico e o outro é um dito popular. O bíblico é a Torre de Babel – todo mundo mandava e ninguém falava a mesma língua – deu no que deu. O popular é: panela em que muitos mexem não dá bom caldo.
Não aceito um Presidente do Atlétito ter que viver esclarecendo as dívidas do Clube – basta administrá-las e pagá-las. Querer aparecer para o público e para a imprensa como um ‘diretor do bem’, deixe isso para os ‘professores Miranda’ da vida.
Por último, tenho um apartamento em Caiobá, na Praia Mansa. Assisti, no sábado de carnaval, uma sórdida, grotesca e abominável demonstração do uso da Instituição Atlético com fins político-eleitoreros.
Portanto, caro Luiz Fernando, rogo que a sabedoria e a prudência iluminem nosso atual Presidente, para que o Atlético não volte a ser o que era antes de Petraglia: UM TIMINHO DE FUTEBOL COM UM CAMPO DE PELADA NUMA BAIXADA.