O estilo Geninho de ser
Não acho que devemos mudar de treinador. Entretanto, devemos, para não nos aborrecer muito, compreender o estilo Geninho. Geninho sempre fez boas campanhas em times pequenos, nunca sobressaiu-se em grandes clubes. Com o Atlético, foi campeão brasileiro em 2001, mas, convenhamos, sem apresentar um futebol encantador como aprestava, por exemplo, o time de 1982/82, de Capitão, Lino, Washignton e Assis, comandado por Geraldino e por Hélio Alves.
Geninho é um técnico conservador, retranqueiro, que joga por resultados. Sua primeira preocupação é não perder. Vencer pode ser mera consequência. O time de Geninho só vai a busca de vitórias quando vencer é uma obrigação. Isso aconteceu na reta final do campeonato brasileiro do ano passado. Talvez tenha acontecido também em 2001, época essa, porém, em que dispúnhamos de grandes jogadores, de craques capazes de desequilibrar qualquer partida. Eles faziam a diferença. Mesmo com aquele timaço, Geninho demonstrava cauteloso. Jamais escalava Gabiru, Souza e Kléberson juntos…
Não vamos esperar de Geninho a escalação de jovens valores, não vamos esperar de Geninho a escalação de dois alas ofensivos, não vamos esperar de Geninho um time que jogue com alegria partindo para cima do adversário… Mas, podem ter certeza, podemos esperar de Geninho resultados nas horas certas. Talvez ele seja o melhor técnico para decisões, para mata-mata. De bobo Geninho não tem nada; de teimoso tem tudo. Não adianta gritar no ouvido dele para escalar Márcio Azevedo, Wallysson, Raul, Willian… Ele vai fazer isso apenas se tiver absoluta certeza de que a entrada desses jogadores não irá tornar o time pior do que é…
Geninho é isso: gênio teimoso…