Julgamento segue no STJD
Desde as 13h30 tem prosseguimento o julgamento sobre o polêmico art. 9º do campeonato paranaense de futebol 2009. Com a presença de representantes dos clubes e da Federação Paranaense, o Presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Dr. Rubens Aprobatto iniciou os trabalhos ouvindo as partes interessadas.
Preliminarmente foi negado ao advogado da FPF o pedido para que o Procurador Paulo Schimidt fosse impedido de ter a palavra, visto ter dado amplas declarações à imprensa com relação ao julgamento. Os auditores também confirmaram que somente os advogados dos clubes classificados é que teriam o direito a palavra no julgamento o que foi deferido pela Corte.
Na sequencia o advogado da Federação Paranaense, Dr. Juliano França afirmou em sua sustentação, que houve um erro, sim, mas que os clubes em nenhum momento se manifestaram contrários a isso porque havia, sim, o conhecimento de que os quatro primeiros classificados teriam quatro mandos de campo, enquanto os outros quatro teriam três mandos e que o Atlético/PR agiu de má fé em relação a toda essa polêmica. No mesmo instante o advogado que defende o Atlético na questão, Dr. Domingos Moro levantou-se e exigiu respeito por parte do advogado, visto o clube estar tão somente buscando seus direitos legalmente, já que foi tentado um acordo semanas atrás, sem sucesso e que a FPF sequer recebeu a proposta atleticana e como clube filiado à Federação merecia respeito nas colocações.
Depois de alguns minutos de bate-boca, advogados dos clubes tiveram a palavra, onde merece destaque o que foi dito pelo do Coritiba, Dr. Itamar Cortes que afirmou que o Coritiba está presente no caso para confirmar que o entendimento do clube é o mesmo da federação. Ele ainda afirma que seria muito mais vantajoso para o Coritiba jogar nos moldes que o Atlético/PR propõe, mesmo sendo melhor, financeiramente – já que não viajaria, pois mandaria seus jogos na capital e só jogaria fora contra o Atlético/PR, na Arena – para o Coxa.
Após o advogado que representa o Cianorte questionar a ética do Atlético, visto ter se preocupado com o caso somente depois de sentir uma aproximação do Coritiba na tabela de classificação, foi dada a palavra ao Procurador Paulo Schimidt, que começou argumentando que de acordo com uma segunda tabela divulgada pela Federação, seria melhor ficar em quarto do que em primeiro lugar, diante dos mandos definidos pela entidade. A Procuradoria também se posicionou com repulsa ao que fez a entidade, que enviou um ofício aos clubes para os mesmos se manifestassem à respeito do artigo nono do regulamento, mas que em anexo foi um formulário, no qual todos se posicionariam a favor do seu entendimento. A maioria apenas preencheu o formulário, todos da mesmo forma. Seu voto foi favorável ao provimento do Atlético.
O julgamento segue com o a relatoria do Auditor Alberto Puga, que acabou de também votar a favor do voto da procuradoria, ou seja, pelo o que o Atlético exige que é o cumprimento do regulamento do certame, que imputa ao primeiro colocado o mando dos sete jogos na próxima fase.
A furacao.com segue acompanhando o julgamento que pode ser lido on line no site www.justicadesportiva.com.br