Parabéns, atleticanos!
Apaixonados, abnegados, loucos, fanáticos! Qual palavra melhor nos define? Somos uma grande família, unidos por essa grande e alucinada paixão chamada Atlético. Paixão que nos arrebata, que nos faz chorar de alegria e também de tristeza, mas que nos faz mais feliz pelo simples fato de existir.
Hoje o nosso Atlético completa 85 anos. E em cada um de nós ele vive um pouquinho; em mim, mais precisamente há 27 anos, quando com dois anos de idade entrei na Baixada pela primeira vez para ver o Atlético vencer o Matsubara por 2×1. Cada um de nós foi escolhido por algum motivo, para amar o vermelho e preto do Atlético de maneira incondicional.
Quantas vezes eu disse que não iria mais ao jogo, que não queria mais chorar e sofrer. E não durava nem uma noite a minha promessa, já acordava no outro dia esperando pelo próximo jogo, fosse contra que time fosse, o que importa, é o Atlético.
Quantas loucuras fiz pelo Atlético, viagens a São Januário, Morumbi, Santos, Porto Alegre e tantas outras cidades que conheci pelo Atlético, quanta aflição dei aos meus pais, esperando eu ligar pra dizer que tinha saído bem do estádio rival. Acho que eles só entendem tantas loucuras que faço (e as que ainda farei) porque são atleticanos como eu.
Quantos amigos fiz graças a paixão que sinto pelo Atlético. E graças a ele, no momento de maior dor da minha vida, quando perdi minha irmã, tive apoio, força e esperança para seguir a minha vida sem ela junto de mim, na vida e nas arquibancadas. Naquele dia, o céu ficava mais rubro-negro e eu tive a certeza de que todos aqueles atleticanos são mais do que colegas de Baixada, são amigos, são irmãos. Graças ao Atlético, minha irmã Maynara pôde receber as mais belas homenagens, textos de amigos e uma faixa com o nome dela na Baixada, a nossa casa atleticana.
Obrigada a todos aqueles que fizeram o Atlético surgir. Agradeço também àqueles que fizeram o Atlético continuar a existir nesses 85. Obrigada a todos os jogadores que deram seu sangue pelo Atlético, como Caju e Alberto Gottardi que viveram pelo Atlético e pela Baixada. Obrigada a Zinder Lins, pela letra do nosso hino e por ter preservado a nossa história e a Genésio Ramalho, pela música do hino. Obrigada a Julio Pepicelli que doou seu passe ao Atlético. Obrigada a Sicupira por todos os seus gols e a Alex Mineiro por ter nos proporcionado a nossa maior alegria e conquista até então. Agradeço também a todos aqueles (é impossível citar um a um nestas linhas) que vestiram a camisa rubro-negra por amor, como diz o nosso hino, o mais bonito de todos. A minha gratidão a todos os 85 anos aqueles que ajudaram a escrever a mais bela história de amor, a história do Clube Atlético Paranaense, minha Paixão Eterna.