Pra vida toda
Sabe aquela fase na vida que você começa a sentir falta de alguém ao seu lado, sente necessidade de ter uma pessoa que te acompanhe a vida toda, que te fortaleça sempre, e que mesmo nas piores brigas, você saiba que o amor que existe entre vocês nunca vai acabar. Pois é, não cheguei nessa fase ainda, mas já encontrei quem eu quero acompanhar a vida toda, sofrer, sorrir e gritar desesperadamente como eu o amo. Essa paixão é o Clube Atlético Paranaense, presente na minha vida desde sempre, e que tenho certeza nunca vai sair. E tenho pena da minha futura esposa, pois terá que disputar palmo a palmo com o Atlético a posição de destaque no meu coração.
Hoje é um dia especial, dia de festa, de comemorações mil. Dia do Povo, do Atlético. Hoje dia de sair de casa com o Manto Sagrado e mostrar quão orgulhosos somos em torcer pelo Maior do Mundo. Falem o que for, digam o que quiserem, só sentem essa sensação ótima de ser atleticano, quem o é, pois nada no mundo iguala.
Hoje me lembrei do título de 2001, quando era um garoto de apenas 10 anos, fanático pelo Atlético e suas cores. Não fui à final, nem lá nem cá. Não consegui ingressos e meu pai, embora atleticano de longa data, não era tão entusiasta de dormir em filas para conseguir os tão sonhados ingressos. Coisa que eu faria hoje. Mas isso não vem ao caso, o que me lembrei mesmo, foi de estar em casa, reunido com meu pai e meu irmão acompanhando aquele jogo decisivo em São Caetano do Sul. Lembro daquela sensação maravilhosa quando o jogo acabou, eu abraçando todo mundo e correndo pra rua gritando ‘É CAMPEÃO!’, foi um dos, se não o melhor, dia da minha vida. Não sei se sentirei algo parecido algum dia, mas com certeza sei que esse dia me fez atleticano de verdade. Pois embora já fosse a jogos desde 96, foi naquele dia que decidi inconscientemente que o CAP faria parte ativa da minha vida! Foi quando começei a me desesperar por maus resultados, me estressar com qualquer um que falasse mal do Atlético, e de me alegrar só em ir na Arena.
Outro dia que completou o meu atleticanismo, foi o Atlético e Botafogo ano passado na Arena, num fatídico 3×0 para os alvinegros cariocas. Logo após o terceiro gol deles, a torcida inteira entoou o hino mais lindo do Brasil em altas vozes, pra fazer até o mais coração de pedra se amolecer. E se existe torcida que não abandona, é a nossa. A melhor de todas.
Neste último parágrafo destas mal escritas linhas, faço uma homenagem a aqueles que fizeram do CAP um clube melhor e maior. Primeiro aos jogadores que deram toda sua raça e vontade para fazer o resultado valer e a arquibancada estremecer. Aos técnicos que mesmo sendo xingados em certos momentos, estão lá tão dentro do jogo quanto nós e sentem uma derrota tanto quanto nós. A torcida, a mais vibrante e incrível torcida que eu já vi, algo incomparável e imensurável! E uma especial: a Mário Celso Petraglia, o homem que em 1995 teve coragem de botar a cara pra bater e dedicar 14 anos de sua vida a nossa paixão! Que nesse dia especial, as pessoas parem de insutá-lo e exaltem o lado bom do homem Márcio Celso, que fez de tudo para nos fazer grandes.
Parabéns Atlético, obrigado, Petraglia!
Pela vida toda, cantarei por ti
Pela vida toda, te amarei
Pra sempre, pra sempre
Atlético!