Venho lucubrando sobre o que o Geninho estaria lucubrando para o nosso grande Atlético Paranaense enquanto time de futebol. Sinceramente fica a impressão de que o fato de ter sido reverenciado como “gênio” (ele, o Geninho) por causa de um 2001 (ou será um 71?) e de um certo não rebaixamento tem-lhe subido à cabeça a ponto de não perceber que o PODER mal exercido muitas vezes pode tornar-se a lâmina da fé cega, a qual decapita com muito mais voracidade do que a vontade por uma busca através da humildade, inteligência e sensibilidade. Tudo bem, o ótimo salário está garantido. De resto, às favas com as torcidas que só sabem reconhecer resultados, pois, afinal, sequer conseguem lucubrar sobre as suas meras condições de espectadores ignóbeis.

Cuidado, “grande gênio!” Diz a literatura: “Uma lâmpada encantada contém um Gênio e três desejos”. Dois já se realizaram. Não perca, portanto, a chance de imortalizar-se como um gênio incontestável e realizador dos desejos alheios. Do contrário, restar-lhe-á o caminho de todos os medíocres e conformados até com os seus polpudos salários: o desprezo e o esquecimento. Estarmos contidos na história: todos estamos! Transformá-la para permanecermos em sua lembrança é outra história! Muitos heróis morrem de “overdose”. Cuidado, gênio! Não caia em tentação! Não se torne vil e abjeto.