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30 mar 2009 - 7h16

Time de brinquedo

A história se repete pelo quarto ano consecutivo: nosso time é o campeão das fases iniciais do estadual chinfrim, não perde nenhum clássico, atropela galinhas mortas e no final entrega as partidas que valem alguma coisa. O que dizer desse lamentável, medíocre e irritante conjunto de jogadores frouxos e sem sangue nas veias? Como escutar, sem perder o equilíbrio e a boa educação, as desculpas surradas da comissão técnica diante da evidência de que mais um título lhe escorre entre os dedos? O que faremos no dia seguinte ao término desse estúpido torneio, quando os responsáveis pelo clube estarão à procura de explicações para mais um fracasso – o maior deles, o mais vergonhoso, o vexame absoluto?

O Atlético, com a política de contratações simplórias adotadas pelas suas recentes administrações – a atual é, de certo modo, herdeira do desvario petragliano, convém lembrar –, se transformou num clube de derrotados. Na hora da decisão, as canelas dos jogadores tremem, o nervosismo toma conta do “grupo” e o resultado é o vice-campeonato com sabor amargo. Não dá para aceitar tanta falta de competência. Não dá para aceitar que profissionais sintam o peso da “responsabilidade” pelo supermando, pelo calor sufocante da Baixada, pela bonificação conquistada na primeira fase, pelos complôs dos inimigos e outras tantas bobagens.

Ora, que vantagem tão grande era a nossa? Por que incorporar a tese absurda de que só nós teríamos o privilégio de jogar em casa? Será que ninguém percebeu que outro clube da capital, que tem o carinho e a cumplicidade da FPF, vai sair de seu estádio apenas uma vez, justamente para nos enfrentar? Não existe supermando aí também? Nesse contexto, seria fundamental ganhar a primeira partida, manter o que foi conseguido anteriormente. O jogo decisivo, o jogo das vidas dos nossos craques virtuais, deveria ter sido o da abertura do octogonal, com o Malita. Perdemos. Como fica o tal “peso da responsabilidade” agora? Estarão os nossos atletas aliviados porque deixaram de ser os favoritos a botar a mão na taça?

Esse Atlético de brinquedo, pouco afeito à beleza das suas tradições, precisa mudar. Do jeito que está, o que fica é a sensação de vergonha e tristeza, que nos rouba um pedaço da vida.



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